As análises feitas à qualidade microbiológica das refeições servidas nas escolas algarvias revelam que actualmente 29% das amostras não são satisfatórias, apesar da redução desta percentagem desde 2011, disse à Lusa a delegada regional de saúde, Ana Cristina Guerreiro.
“Os pontos críticos nestas análises são sempre os crus, as saladas”, explicou Ana Cristina Guerreiro, acrescentando que, a par do trabalho das análises, a equipa técnica faz um trabalho pedagógico junto das pessoas que servem ou confeccionam as refeições.
O programa de promoção da qualidade microbiológica das refeições em estabelecimentos de educação em curso é da responsabilidade da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve e foi lançado em 2011 com 90 escolas, altura em que 40% das amostras eram “não satisfatórias”.
Actualmente o programa abrange 140 escolas, ou seja, aproximadamente 78% dos jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo, e a percentagem de amostras não satisfatórias analisadas no Laboratório Regional de Saúde Pública Dr.ª Laura Ayres é de 29%.
“Hoje podemos dizer que esse número baixou para 29%, sendo que as restantes 71% revelaram qualidade aceitável e satisfatória. É um ganho significativo”, referiu a delegada regional de saúde.
A equipa tem como objectivo abranger todas as escolas do primeiro ciclo e jardins-de-infância do Algarve onde sejam servidas ou confeccionadas refeições e continuar a pugnar pela qualidade microbiológica da comida e prevenir a ocorrência de toxi-infecções alimentares colectivas que possam afectar os alunos.
Para garantir que os resultados são fiéis e se traduzem numa qualidade regular, a equipa faz as recolhas de forma aleatória e sem aviso prévio.
A delegada regional de saúde admite que em 2016 o serviço possa chegar a estruturas como residências para idosos e creches, assim como se poderá incluir o estudo higiénico dos manipuladores dos alimentos nas escolas, dos utensílios e das superfícies onde as refeições são confeccionadas.
(Agência Lusa)