O PSD /Loulé, liderado por Rui Cristina, assinalou a passagem dos 1000 dias de mandato do autarca Vítor Aleixo à frente do município de Loulé com um infomail a que chamou “1000 dias perdidos” e onde os social-democratas louletanos apontam aquilo que consideram as falhas da acção governativa do PS à frente da autarquia.
O PSD louletano acusa o executivo de ter dinheiro a mais ‘em caixa’ e antecipa “obras à pressa e aplicação de fundos sem planeamento para os últimos 460 dias do mandato”, dando nota da existência de 52 milhões de euros em liquidez na autarquia em Junho passado.
Ainda na área da obra feita, o PSD local assinala que a Câmara “até agora, ainda não foi capaz de construir nada de novo e que vá ao encontro das necessidades dos seus munícipes. Em suma, os equipamentos sociais existentes no concelho foram da responsabilidade do executivo social-democrata” e lança a questão: “Para quando a concretização das obras prometidas em 2013?”.
Depois de Isilda Gomes e Rogério Bacalhau terem feito assinalar os 1.000 dias de mandato com apresentações da obra feita e das conquistas atingidas, o PSD/Loulé aproveitou a onda e fez o mesmo em sentido inverso, assinalando o que acha que “não se fez” em mil dias de liderança do PS em Loulé.
Na área da gestão da estrutura orgânica da autarquia os social-democratas apontam o dedo a “custos superiores a 300 mil euros” com a nomeação de dois directores municipais cujos concursos afirmam ainda não estar concluídos, acusando o executivo de “instrumentalização política”. Mas vai mais longe a acusação de interferência política na autarquia e na sua estrutura funcional, referindo que houve “saneamento político de 17 dos 22 dirigentes da autarquia”.
A estrutura ‘laranja’ de Loulé aponta ainda o dedo à autarquia e à sua gestão pelo “esquecimento” do Centenário de Quarteira e pela “oportunidade perdida” com a “Loulé – Cidade Europeia do Desporto”.
As críticas social-democratas estendem-se à ineficácia do Orçamento Participativo de Loulé, que acusam de “não gerar um único emprego” e ao “abandono do projecto CicloLoulé”, acusando ainda o executivo do PS de “fazer Loulé perder influência a nível regional”.
Os social-democratas advogam em face das suas posições que “é tempo de exigir mudança”. Em pouco menos de ano e meio saberemos se os louletanos pensam da mesma maneira, até lá a política faz o seu caminho para que as forças políticas tentem ganhar o domínio na votação de finais de 2017.