O PSD do Algarve criticou esta segunda-feira o Governo por reduzir o preço do gasóleo profissional em todas as zonas de fronteira com Espanha, excepto na região algarvia, causando o que considerou ser uma “discriminação negativa” das empresas regionais.
A Comissão Política Distrital do PSD do Algarve lamentou em comunicado que o ministro adjunto, Eduardo Cabrita, tenha anunciado no passado dia 7 que os preços do gasóleo profissional iriam ser reduzidos em quatro zonas de fronteira e que o Algarve tenha sido “taxativamente excluído” da decisão de cobrar o gasóleo profissional “ao mesmo preço que no território espanhol”.
“Com a publicação da Lei n.º 24/2016, de 22 de Agosto, o Governo socialista oficializa a discriminação negativa das empresas transportadoras sediadas no Algarve, face às suas congéneres nacionais, a partir do próximo dia 15 de Setembro, criando deste modo mais dificuldades à economia algarvia e, consequentemente, diminuindo a sua capacidade de criação de emprego”, criticou o PSD do Algarve.
A estrutura social-democrata recordou o anúncio feito pelo ministro adjunto de que haverá uma redução de 13 cêntimos por litro no gasóleo profissional nas zonas fronteiriças de Quintanilha (Bragança), Vilar Formoso (Almeida), Elvas e Vila Verde de Ficalho (Serpa), considerando que a não inclusão da região “torna cada vez mais claro” que “o Algarve, para o actual Governo socialista, apoiado pelo Bloco e PCP, se resume a um destino de férias”.
“Um local paradisíaco onde os governantes e deputados da nação gozam as suas ‘merecidas’ férias balneares e [onde] matérias como a competitividade das empresas de transporte de mercadorias sediadas na região algarvia são questões de somenos importância”, ironizou.
A posição dos social-democratas algarvios surge depois de o ministro adjunto ter anunciado no dia 7, em Arganil, distrito de Coimbra, que a partir do próximo dia 15 quatro zonas de fronteira vão ter gasóleo profissional ao mesmo preço do que no território espanhol.
(Agência Lusa)