Cerca de 700 profissionais participam na quinta-feira, em Faro, no IV Congresso de Investigação Criminal que irá debater a prevenção e o combate ao cibercrime e os desafios que este tipo de criminalidade coloca no século XXI.
Em declarações à Lusa, Carlos Garcia, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC/PJ), organizadora do congresso, referiu que a escolha desta temática para o encontro prende-se com a importância crescente deste crime, que é “potenciador de outros crimes” como, por exemplo, a fraude e a burla.
A utilização cada vez mais frequente do cibercrime como arma ao serviço das organizações terroristas é outro dos motivos que, segundo o presidente da ASFIC, tornam o tema actual e vital para os investigadores criminais.
Observou que os ataques informáticos podem causar danos significativos nas economias e no Estado, lembrando que, recentemente, em Portugal instituições e sites do Ministério Público foram alvo desses ataques.
Carlos Garcia reconheceu que a investigação do cibercrime é particularmente difícil devido à mobilidade de aparelhos tecnológicos, como, por exemplo os smarthpones, que apanham a rede wireless em qualquer lugar, mas garantiu que a PJ tem vindo a responder ao fenómeno, apesar de alguma falta de meios humanos.
Para o congresso, que decorre até sexta-feira no Algarve, foram convidados especialistas do FBI e outros da Alemanha, Espanha e Áustria, estando ainda prevista a presença da magistrada de carreira Helena Fazenda, actual secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI).
Portugal tem cerca de 1.300 investigadores, sendo que os associados da ASFIC representam cerca de 95 por cento desse universo.
(Agência Lusa)