O presidente da Juventude Popular (JP) desafiou hoje o Presidente da República a não estar na final da Liga dos Campeões, e considerou que perde “autoridade moral e política” se fizer o que pede a outros para não fazerem.
No desafio de Francisco Mota a Marcelo Rebelo de Sousa, no dia da final da Liga dos Campeões em Lisboa, o líder dos jovens centristas diz que se os portugueses não puderam aceder a recintos desportivos o Presidente “não pode ser um privilegiado”.
“Um Presidente da República tem que ser o exemplo para os portugueses, se os estádios de futebol não tiveram público, se os portugueses não puderam aceder aos recintos desportivos durante este período de pandemia, o Presidente da República não pode ser um privilegiado e a fazer aquilo que não permitiu que o seu povo fizesse”, disse Francisco Mota numa nota hoje divulgada.
O responsável acrescentou que “não podem existir portugueses de primeira e portugueses de segunda” e que dos políticos se espera, “neste difícil momento”, uma “ação de total rigor e exemplo para a sociedade”. E Marcelo Rebelo de Sousa “perderá toda a autoridade moral e política, se fizer aquilo que pede a outros para não fazer”.
Bayern de Munique e Paris Saint-Germain decidem hoje a final da Liga dos Campeões de futebol em Lisboa, no Estádio da Luz, sem a presença de público devido à pandemia do novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, e que já provocou 800 mil mortos e infetou 23 milhões de pessoas no mundo.
Na última quinta-feira, o Presidente da República disse que pretendia assistir à final da Liga dos Campeões em futebol de hoje no Estádio da Luz.
“Disse ao presidente da UEFA, que me tinha convidado, que iria e por isso tenciono lá estar”, disse na altura Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à entrada para um jantar de trabalho com autarcas do Algarve.