O presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) apelou ontem à união dos empresários, associações e entidades públicas da região, no sentido de criarem uma “marca credível” que fortaleça a economia da região.
“É preciso uma forte união entre todos – empresários, comerciantes e entidades com responsabilidade de decisão – para que se definam e implementem estratégias que acrescentem valor aos produtos da região”, disse à Lusa Vítor Guerreiro, em Portimão, no final de uma conferência sobre o tema “Algarve – Economia, conjuntura e futuro”.
“A certificação dos produtos regionais com a marca Algarve é aquilo que poderá alavancar a economia”, defendeu Vítor Guerreiro, acrescentando que “não é preciso inventar nada, mas sim valorizar aquilo que existe”.
Victor Guerreiro defende mudança de mentalidades
Na opinião do dirigente da ACRAL, o problema “da falta de união dos empresários, é estrutural, mas é preciso mudar mentalidades para que se olhe para o futuro da economia da região do Algarve”.
“Só com todos a remarem no mesmo sentido é que se consegue ter uma voz credível a nível regional, nacional e internacional, de forma a garantir a sustentabilidade da economia da região. É preciso ultrapassar as divisões e conseguir falar a uma só voz e ter posições concertadas”, destacou Vítor Guerreiro.
“Unir tem de ser a palavra de ordem”, frisou Vítor Guerreiro, recordando que “existe uma região que precisa de tomar o próprio destino com a própria mão, com o objectivo de defender o Algarve”.
Para o responsável da ACRAL, “se o Algarve estiver bem, todos os que cá vivem e trabalham, podem estar melhor”.
Vítor Guerreiro acrescentou que as conferências e os debates que a ACRAL está a promover, “visam debater os problemas da região e ao mesmo tempo, alertar para a importância de empresários, comerciantes e entidades públicas, se unirem na criação de uma região empresarial forte, com produtos certificados”.
Na conferência subordinada ao tema “Algarve – Economia, conjuntura e futuro”, que decorreu no Museu de Portimão, participaram cerca de uma centena de pessoas, entre as quais empresários, comerciantes, representantes da Região de Turismo, do Instituto de Emprego e da Comissão de Coordenação da Região do Algarve.
Os participantes foram unânimes ao considerarem que o Algarve “não se consegue fazer ouvir, porque não tem peso político nos centros de decisão”, e defenderam “um trabalho conjunto para inverter a tendência pela defesa da região”.
(Agência Lusa)