Num mundo de constantes imagens partilhadas e difundidas, é por vezes fácil esquecer uma das grandes utilidades da fotografia, que é contribuir para a preservação das memórias e da história ou, quando retrata o passado, uma forma de recuperar e recordar essas memórias, projetando-as assim para o futuro.
Isto é o que diz a máxima de que não há futuro sem passado, mas que alguns dos nossos agentes culturais se vão esquecendo ou adiando. Para colmatar esta lacuna, a ALFA – Associação Livre Fotógrafos do Algarve, está a desenvolver um projeto editorial que visa utilizar as suas competências e vocação fotográfica, de modo a contribuir para que o conhecimento e os acontecimentos possam ficar registados de forma organizada e metódica, associando-lhe a devida divulgação e promoção, através de exposições e publicações fotográficas.
O projeto pretende ter uma abrangência alargada pela região algarvia e visa promover sobretudo os territórios do interior, destacando as suas novas oportunidades e perspetivas futuras, sempre com um pé no passado, claro está.
Um desses locais é o Ameixial (Loulé) que tem vindo a recuperar algum protagonismo associado à sua boa localização, na agora mítica EN2, ou por ser a anfitriã do mais importante evento de caminhadas da região: o WFA – Walking Festival Ameixial.
Porém, há muito mais a destacar e a descobrir nestes novos spots do Algarve interior, como a ALFA designa este projeto fotográfico, que estará brevemente em curso e que irá despertar o interesse em novas visitas e experiências.
(Artigo publicado no Caderno Cultura.Sul de agosto)
(CM)