Os proprietários de casas ilegais na ilha do Faro, uma das ilhas-barreira da Ria Formosa, têm até hoje para abandonarem as casas que constam no plano de demolições da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa.
O presidente da Associação de moradores da Ilha do Farol de Santa Maria, Feliciano Júlio, disse à Lusa que, naquela zona, está prevista a demolição de 176 casas de primeira e segunda habitação.
O prazo para retirar pertences e abandonar as habitações termina hoje e a Sociedade Polis irá tomar posse administrativa de algumas casas a 27 de Abril e de outras a 6 de Maio.
Moradores e proprietários de habitações marcam protesto para sábado
A Associação de Moradores da Ilha do Farol de Santa Maria e o grupo “Os Ilhéus” está a preparar um cordão humano no próximo sábado, 25 de Abril, pelas 12.30, com ponto de encontro no molho da ilha do Farol.
A iniciativa marca o protesto dos moradores e proprietários de habitações naquela ilha contra as demolições previstas pela Sociedade Polis Litoral Ria Formosa no âmbito de um programa de renaturalização das ilhas-barreira da Ria Formosa.
O processo de renaturalização da Ria Formosa, lançado pelo Ministério do Ambiente, através do programa Polis, prevê a demolição de um total de 800 construções nos núcleos urbanos das ilhas-barreira.
Os trabalhos começaram em Dezembro, no ilhote dos Ramalhetes e no ilhote de Cobra, e deverão prolongar-se até ao verão, segundo o calendário anunciado inicialmente pela sociedade Polis.
O Programa Polis Litoral da Ria Formosa é o instrumento financeiro para a execução do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura – Vila Real de Santo António, aprovado em 2005 e que deveria ter sido concluído em 2014, mas foi prolongado por mais um ano.
(Agência Lusa)