O evento consiste numa conferência digital mundial – E-Congresso Mundial Pontes MandelaSummit, que reúne mais de 30 países em todo o mundo e oradores como José Ramos Horta (ex-presidente de Timor-Leste e laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1996), Muhammad Yunus (Bangladesh, laureado com o Prémio Nobel da Paz em 2006), Kailash Satyarthi (Índia, laureado com o Prémio Nobel da Paz em 2014), a Princesa Rym Ali da Jordania, Carlos Moedas (ex-comissário da EU e membro do Conselho da Fundação Calouste Gulbenkian), entre muitos outros.
“É uma reflexão e, sobretudo, uma homenagem da Ubuntu Global Network a Nelson Mandela, o humanista, o defensor dos Direitos Humanos, o promotor da reconciliação entre os povos e o construtor de pontes, reconhecido por unir ‘margens’ difíceis, inspirando e dando lugar a uma sociedade mais colaborativa, mais humana e interdependente”, salienta a autarquia castromarinense em comunicado.
O dia é ainda assinalado pela renomeação, por um dia, de pontes em todo o mundo como “Ponte Mandela” e uma das contempladas é a Ponte Internacional do Guadiana.
A cerimónia está marcada para as 10 horas, junto à antiga casa da Alfândega, por baixo da ponte. Presentes vão estar representantes de diversas entidades nomeadamente d da Universidade do Algarve, do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM), das três Autarquias transfronteiriças, do Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária, entre outros.
Hoje, em tempos de pandemia, “aprendemos mais sobre a importância das fronteiras e procuramos também novas pontes de diálogo e de contacto, não havendo exemplo mais encorajador que a história do ‘estadista mais amado do mundo’”, afirma a autarquia.
Como todas as pontes, sejam físicas ou simbólicas, a Ponte Internacional do Guadiana, construída há 29 anos, mudou estruturalmente as relações da comunidade. O sul de Portugal e o sul de Espanha ficaram mais perto do que nunca, incrementaram-se as relações sociais e culturais entre habitantes dos dois lados da fronteira, estreitaram-se os laços, aproximaram-se os idiomas e o desenvolvimento económico do território do Baixo Guadiana foi notório.