Catorze elementos da força destacada da Unidade Especial de Polícia de Faro vão abraçar um desafio solidário que consiste em percorrer a Estrada Nacional Nº 2 (738 kms) de bicicleta, entre 25 e 30 de maio, contando com o apoio de algumas empresas que vão doar uma quantia por cada quilómetro percorrido.
Segundo explica o Comando Distrital da PSP de Faro na sua página de Facebook, “a totalidade da quantia angariada irá reverter a favor da “Associação de Proteção à Rapariga e à Família” de Faro, na tentativa de ajudar a instituição, na difícil tarefa de atenuar as dificuldades vividas por mulheres e famílias que infelizmente são vítimas deste tipo de crime”.
Sobre a Associação de Proteção à Rapariga de Faro
A Associação de Proteção à Rapariga foi fundada, em Faro, em 1934, por um grupo de senhoras da cidade, entre as quais Teresa Ramalho Ortigão, e presta apoio social a jovens de todo o Algarve desde então. Criaram uma rede de contactos a nível do distrito, tendo para isso pessoas de referência em várias cidades e vilas. Estas pessoas sinalizavam raparigas carenciadas, vítimas de doenças ou com outras dificuldades, procurando dar-lhes o encaminhamento social adequado.
Na época os apoios sociais passavam pelo acolhimento temporário, pela realização de enxovais para bebés e de casamento, procura de emprego para empregadas domésticas e procura de resposta ao nível da saúde.
Mais tarde, veio a evoluir para um Lar de Estudantes, para jovens de classe média alta e que também apoiava jovens carenciadas que tinham que se deslocar da sua área de residência para prosseguir estudos
As primeiras instalações foram na Rua Álvaro Sotto Maior. Posteriormente, mudaram-se para a Rua do Compromisso, em seguida teve sede na rua Serpa Pinto.
Em 1997, e após um período de decadência, esta Associação inicia uma nova fase na sua vida retomando o dinamismo que a havia caracterizado anteriormente.
Em abril de 2007, foram concluídas as instalações do actual Centro de Acolhimento, cuja construção se havia iniciado em janeiro de 2001, após concurso público.
A inauguração foi a 10 de agosto, do mesmo ano, já com o Centro de Acolhimento Temporário em funcionamento desde o dia 1 de Junho de 2007.
A obra foi financiada, conforme previsto em Acordo de Cooperação, a 65% pela Segurança Social, 25% pela Câmara de Faro, que também cedeu o terreno, e 10% são da responsabilidade da Associação.
O técnico responsável pelo projecto de arquitectura é o arquitecto António Santos. Os projectos das especialidades são da responsabilidade do Gabinete de Apoio Técnico de Faro. A Empresa José Quintino é responsável pela construção.
A Associação de Proteção à Rapariga tem como missão ”proteger e promover os direitos de jovens raparigas e apoiar e capacitar as famílias, respeitando as diferenças”.