O PCP defendeu esta segunda-feira que a negação do papel da União Soviética na vitória contra o nazifascismo esconde conceções para reabilitá-lo e acusou NATO e UE de continuarem a promover a escalada da guerra na Ucrânia.
Em comunicado, para assinalar a vitória sobre a Alemanha nazi de Hitler há 77 anos, os comunistas argumentaram que “as tentativas dos que hoje visam diminuir, deturpar e negar o papel da União Soviética e dos comunistas na vitória sobre o nazifascismo, que sobre novas roupagens procuram reabilitar o fascismo e que sob o anticomunismo escondem as conceções e os projetos mais reacionários e antidemocráticos, só devem merecer a firme denúncia e rejeição por parte dos democratas”.
O PCP considerou que “é justo” enaltecer o “contributo decisivo da URSS, do povo soviético e do seu Exército Vermelho”, que na ótica do partido “determinou o curso da guerra e permitiu libertar a Humanidade do nazifascismo”.
Na nota, o PCP escreve que a comemoração da vitória contra o nazifascismo há 77 anos “assume, no atual momento internacional, um particular significado e uma acrescida importância”, por causa da “escalada de confrontação política, económica e militar para qual o imperialismo” pretende “arrastar toda a Humanidade”.
Face ao “dramático agravamento” da guerra na Ucrânia, os comunistas advogaram que os Estados Unidos da América, os restantes Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), e a União Europeia (UE), “ao invés de se empenharem, como se impõe a todas as partes envolvidas no conflito, numa urgente solução negociada e política, promovem uma perigosa escalada da guerra“.
O PCP também elogiou “dimensão e alcance” da vitória sobre o nazifascismo, protagonizada pelas forças da paz e do progresso social, do socialismo, do movimento operário nos países capitalistas, do movimento de libertação nacional, o processo de emancipação dos trabalhadores e dos povos alcançou”.
As conquistas que advieram da vitória contra o regime de Hitler, “apesar do enorme recuo verificado há 30 anos, continuam a repercutir-se na atualidade”, sustentaram os comunistas.