“Qual é o panorama actual no que diz respeito à gestão financeira dos agregados familiares nacionais?”
A DECO responde…
Para metade dos portugueses, o dinheiro nem sempre chega ao final do mês, mesmo com hábitos de planeamento. Neste sentido, entrevistámos 1222 pessoas e verificámos que mais de metade nem sempre consegue chegar ao final do mês com dinheiro e para 12% dos inquiridos essa é uma realidade.
Segundo o nosso estudo, só 40% das pessoas inquiridas são bem-sucedidas na elaboração de um orçamento mensal. Controlar o saldo e/ou o extracto para verificar as entradas e saídas de dinheiro é das técnicas mais utilizadas pelos inquiridos.
Adicionalmente, segundo o nosso estudo, é mais difícil de organizar um orçamento de um agregado familiar quando existem filhos. Esta dificuldade está associada aos custos extra, como o custo da educação, como seja a entrada na escola.
Se já é difícil esticar o dinheiro até final de mês, torna-se ainda mais com os créditos à habitação, o crédito automóvel e até mesmo os cartões de crédito. A situação de crise actual fez com que a percentagem de pessoas com dificuldade em fazer face às suas despesas subisse de 23% em 2011 para 76% em 2014.
Se os consumidores têm dificuldade em pagar as contas, poupar torna-se quase impossível. Apenas uma minoria, 3%, conseguiu colocar algum dinheiro de parte que, em média, não vai além dos 1000€.
Quando realizámos o inquérito, um quinto dos agregados estava envolvido num programa de gestão de endividamento, maioritariamente no Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da DECO. Esta difícil situação económica leva à deterioração do ambiente familiar, problema reportado por 76% dos inquiridos.
O estudo demonstrou ainda que os inquiridos têm consciência da importância de poupar, tendo 99% considerado que é importante ter um pé-de-meia para os imprevistos e 93% consideraram-se muito organizados na gestão diária do dinheiro.