A obra de dragagem da foz do Rio Guadiana, cujos trabalhos arrancaram no início deste ano, foi hoje apresentada, no cais de Ayamonte, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Junta de Andaluzia, e pelas Câmaras de Vila Real de Santo António e Ayamonte.
Esta, que é a primeira fase do desassoreamento do Guadiana, permitirá que a barra do rio recupere uma profundidade mínima de 3,5 metros e está avaliada em 723 mil euros.
A intervenção, que se prolongará até Março, tem por base o memorando de entendimento assinado em Lisboa, em 2014, entre o Governo Português e a Junta de Andaluzia, e está a ser conduzida pela Consejería de Fomento y Vivienda da Andaluzia.
Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “esta obra tem um carácter histórico, uma vez que concretiza um desejo ambicionado pelos algarvios há quase 30 anos e permitirá a navegação, em segurança, das embarcações turísticas, desportivas e pesqueiras”.
A dragagem irá incidir numa zona de 1.250 metros de comprimento por 60 metros de largura, devendo ser retirados cerca de 55 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Guadiana, que serão utilizados para realimentar as praias mais próximas da foz.
Para o presidente da autarquia vila-realense, “as dragagens irão aumentar também as potencialidades marítimo-turísticas da marina de Vila Real e da Eurocidade do Guadiana”, tendo destacado que “pela primeira vez se passou dos projectos a uma intervenção no terreno”.
Igualmente presente na cerimónia, o presidente da CCDR Algarve, David Santos, destacou a importância da Eurocidade do Guadiana neste processo, e enumerou as vantagens económicas e turísticas desta intervenção para os municípios raianos de VRSA, Castro Marim e Ayamonte.
Também na presença do presidente do município de Ayamonte, António Castillo, e da representante da Junta de Andaluzia, Elena Jiménez, foram inauguradas as obras de requalificação do cais fluvial de Ayamonte, que permitirão melhorar o conforto e a segurança da travessia fluvial entre Vila Real e Ayamonte, responsável pelo transporte de 130 mil passageiros durante o ano passado.