A capacidade humana para suportar contratempos, fracassos, dores e perdas é quase ilimitada: se continuamos vivos é porque aguentámos…
Mas a forma como nos comportamos durante os períodos de crise e, sobretudo, a nossa atitude posterior, é que vai determinar se o nosso caminho se faz na luz ou na sombra; se dentro de nós se vive num inferno ou num paraíso:
Se nos fazem mal, guardamos rancor e mágoa (que nos “queima” por dentro) ou conseguimos experimentar o perdão?
Se assistimos ao sofrimento dos seres que amamos e vivemos a sua partida, será que o fazemos a lamentar a perda ou a celebrar a sua passagem pelas nossas vidas?
Se perdemos alguma batalha profissional, culpamos todos os outros ou encontramos coragem para renascer das cinzas, corrigindo os erros e superando as nossas capacidades?
Se erramos, perante nós e perante os outros, será que teimamos nos erros ou aprendemos a pedir perdão e viver em verdade?
Porque não é o superar das adversidades que nos torna mais fortes e felizes; é o que se aprende e evolui com cada mau bocado vivido… é a forma como escolhemos viver depois da tempestade passar; é a forma como reconstruímos a vida e nos reconstruímos a nós mesmos.
Escolhemos ser apenas náufragos, perdidos nos destroços da nossa existência? Ou sobreviventes valentes, repletos de força e convicção para enfrentar a vida com um sorriso feliz bem cravado cá dentro?
Bem, cabe-nos a nós escolher… certo?