Na cimeira de Madrid, a NATO deverá definir a Rússia como a sua maior e mais direta ameaça e aprovar o reforço das forças de alta prontidão e de militares no leste europeu, disse, nesta segunda-feira, o secretário-geral da organização.
Jens Stoltenberg afirmou, numa conferência de imprensa em Bruxelas, que os líderes dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) esperam chegar a acordo em Madrid, esta semana, para um aumento das forças de alta prontidão para mais de 300 mil militares, assim como para o reforço de batalhões estacionadas em países do leste da Europa.
Em Madrid, a Aliança Atlântica, de defesa e cooperação militar entre países da Europa e da América do norte, deverá também definir a Rússia como a maior e mais direta ameaça para os estados-membros da NATO no novo conceito estratégico da organização, que será adotado na cimeira, disse Stoltenberg.
O conceito estratégico, um dos documentos-chave da NATO, estabelece os desafios de segurança que a organização enfrenta e traça as prioridades políticas e militares a desenvolver para os enfrentar.
A cimeira de Madrid decorre no contexto da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, e vai atualizar o conceito estratégico da NATO definido para a última década, em Lisboa, em 2010, e que ficou marcado, então, por uma intenção de aproximação da Aliança Atlântica à Rússia.