Às 18:30 de terça-feira, Angra do Heroísmo, Castelo Branco, Évora, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto, Torres Novas e Vila Nova de Famalicão vão receber debates sobre o assunto da municipalização da Cultura.
O tema foi lançado por um artigo do gestor cultural Rui Matoso, publicado em novembro, com o título “A insustentável leveza do municipalismo cultural”, no qual se questionava: “É a uma câmara que cabe a função de promover, por exemplo, um Festival Transcultural? Ou, pelo contrário, a sua função deve ser a de gerar políticas, ferramentas e condições de produção para que os atores sociais, designadamente minorias, construam um projeto participado e sustentado?”
“Na pior das hipóteses, o resultado do ‘Municipalismo Cultural’ é o de um conformismo pluralista, no qual a lógica do poder (monolítica e coerciva) é reproduzida pelos agentes culturais, colaborando estes –- por medo ou receio de perder a confiança dos eleitos –- na sua difusão acrítica. Este municipalismo monstruoso pode então ser entendido como uma espécie de colonialismo cultural, pois ao mesmo tempo que satura as localidades com padrões culturais arbitrários e ilegítimos, destrói os ecossistemas de cultura na sua biodiversidade social”, acrescenta Rui Matoso, no mesmo texto publicado no jornal Público.
Em Lisboa, por exemplo, o debate acontece no Museu Bordalo Pinheiro, com a diretora artística do Materiais Diversos, Elisabete Paiva, a diretora executiva da Artemrede, Marta Martins, o artista e investigador Rui Mourão e, precisamente, com o também investigador Rui Matoso.
Já em Évora, a discussão tem lugar na Igreja de São Vicente com José Russo, do CENDREV, e Marcial Rodrigues, do Grupo Pro-Évora, para além do diretor da Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Évora, Miguel Pedro, e de Pablo Vidal, da Sociedade Harmonia Eborense.
A entrada para os debates é livre.