A União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta critica, em comunicado de imprensa, o Executivo do Partido Socialista da Câmara de Olhão por ter aprovado “uma proposta para alargamento da rede de transportes urbanos e mais uma vez as vilas de Moncarapacho e da Fuseta foram discriminadas”, mostrando, “desrespeito para com os cidadãos”.
Assim, “a proposta apresentada prevê que seja prolongada até Pechão a carreira que chegava até ao Estádio Municipal (mais 3,1 km), bem como o prolongamento da linha que servia o Cemitério 16 de junho, até ao Sítio da Igreja, em Quelfes”, pode ler-se.
É incompreensível para esta União de Freguesias que “a futura carreira que chegará a Quelfes não seja prolongada até Moncarapacho (são mais 4,2 Km!!!), até porque o estudo que acompanhou a proposta salientava que os dois locais eram servidos pelas mesmas carreiras da EVA, o que é lógico, porque Quelfes situa-se entre Olhão e Moncarapacho”.
Aquela União de freguesias questiona: “se o número de carreiras é o mesmo, porque é que consideraram que só a população de Quelfes tinha necessidade de mais ligações a Olhão, do que Moncarapacho, que até tem mais habitantes? E porque alargaram até Pechão, que é servida por número quase idêntico de carreiras?”
“Muito relevante é a diferença entre o preço dos bilhetes praticado nas viagens da EVA (entre Moncarapacho e Olhão) e do Município (em qualquer viagem nas carreiras urbanas): 3,40 euros e 1.00 euros (bilhetes adquiridos a bordo), respectivamente. Ao não prolongar o serviço até Moncarapacho, os habitantes na nossa vila – que só têm acesso aos autocarros da Eva – terão custos mais elevados para se deslocarem a Olhão. E a distância não pode ser tida em conta, porque no prolongamento do serviço até Pechão é praticamente a mesma, entre Quelfes e Moncarapacho”, lamente.
A União de Freguesias acrescenta ainda que “no valor estimado de 441.748,80 euros (mais IVA) que o Município irá pagar anualmente pelo Serviço de Transporte Público Urbano de Passageiros de Olhão, se o mesmo chegasse até Moncarapacho, o aumento seria residual”.
Segundo aponta no comunicado, “a proposta do Executivo do Partido Socialista da Câmara Municipal de Olhão vai contra o que é recomendado pelo estudo que a acompanhou, que indica que a restruturação da rede de transportes urbanos deverá ter em consideração as necessidades de mobilidade da população, bem como o papel desta área à escala do concelho”, acrescentando ainda que “a importância das viagens entre freguesias do concelho, que, no caso de viagens com destino a Olhão, podem constituir-se como potenciais viagens da futura rede de transportes urbano”.
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