Mede a vida pela quantidade de sorrisos que te brotam no rosto e pela qualidade dos amigos que nunca te deixarão só. Mede-a pelos projetos concretizados e pelos sonhos que teimam em continuar a nascer.
Mede a vida pelos olhares cúmplices, pelos abraços, pelas memórias guardadas nos cheiros, sabores e nuances; mede-a pela calma nos momentos difíceis e pela a exultação da banalidade.
Mede a vida pelas gargalhadas de boca aberta e intensidade capaz de te fazer doer a barriga. Mede a vida pelos abraços sentidos, pelos apertos de mão firmes e pelas lágrimas de emoção que certas coisas te dão.
Mede a vida pelas fugas feitas para dentro de ti; pelas lutas e missões que assumes como fulcrais.
Mede a vida pela quantidade de planos que tens, pelas marcas que deixas nos outros, pelos perdões que já destes. E mede-a também pela firmeza com que deixas ir o que passou sem remoer mais no tema.
Mede a vida pelas rugas de expressão, pelas histórias a contar, pelas cicatrizes que te tornaram quem és. Mede a vida pelos impulsos, pelos erros com que aprendeste e pelos instintos que, sem saberes, te salvaram.
Mede a vida pelos “nãos” que consegues dizer e pelas oportunidades que sabes que são para agarrar.
Mede a vida p’los estragos nas tuas malas, pelas milhas já voadas, pelos caminhos andados.
Mede a vida pelos imprevistos que abraçaste como destino, pelos sentimentos que domaste e p’los laços que criaste.
Mas, se pensares bem, só tens que medir a eficácia com que até aqui viveste através do quanto te amam e de como te construíste.