O Festival MED, que decorre entre os próximos dias 25 e 28, na Zona Histórica de Loulé, conta com um vasto programa que pretende divulgar, para além da World Music, várias manifestações culturais do mundo, que vão desde as artes plásticas, passando pela animação de rua, artesanato ou um espaço dedicado aos mais novos.
Este ano uma das novidades é a associação do “Loulé Criativo” a este evento, com espaço que ficará nas Bicas Velhas. “Loulé Criativo” desafia os visitantes do Festival MED a experimentarem a cultura louletana, através da participação em actividades relacionadas com a arte, o artesanato, a gastronomia e o património.
Nos quatro dias desta festa da cultura mediterrânica, as propostas criativas passam pela participação em workshops de artes tradicionais, pinturas com tintas de cal, olaria, criação de postais com caligrafia, esgrafitagem de painéis decorativos, sendo e também possível participar num workshop de dedicado ao ciclo do mel, construção de brinquedos em cana ou degustação de tapas à algarvia.
Toda a programação e inscrições disponíveis em www.festivalmed.pt
As exposições continuam a estar em destaque
Este ano a exposição de rua será dedicada ao convívio e à “Conversação, Conversation, Conversazione…”. “Bom dia !”, “Hello!”, “Wie geht es!”, “Salut!”, “Come stai !”, “Dobar dan !”, “O zi buna!”… “Que bom ver-te! O que tens feito?“ e a conversa começa, no terraço dum café, à volta duma mesa. Fala-se do tempo, do último livro que lemos, do último filme que vimos, de projectos, da nova loja que abriu… A conversação flui… Mas também se fala de filosofia, de política ou de pensamentos mais íntimos… A conversa acontece, é imprevisível e é por isso que é tão bom! Assim, esta será uma exposição que terá a cadeira como elemento central. Deixem-se surpreender. Sentem-se com uma bebida por um momento… Falem com os amigos e com os desconhecidos que passam… Tirem fotografias… Partilhem sorrisos e ideias… Conversem… Contactem uns com os outros… Não há fronteiras… É este o espírito do Festival! Este é também o espírito desta exposição de criações originais de cadeiras da autoria de artistas 25 artistas: Ana Rostron, Ângelo Gonçalo, António Dias, Catarina Canelas, Catarina Correia, Catarina Figueiredo, Charlie Holt, Fernanda Claro, Guadalupe, Gustavo de Jesus, Isabel Laranjo, John Lamonby, Jorge Cabrita Matias, Maria João Catarino, Menau, Milita Doré, Regis Vincent, Renato Brito, Rodrigo Cotrim, Sofia Guerreiros, Susana Leal, Teresa Paulino, Tó Quintas, Vasco Nascimento e Xavier Franck.
Na Galeria do Convento do Espírito Santo, vai estar patente ao público a exposição “As flores abrem mais depressa ao domingo”, de Christine Henry. A artistas leva a este espaço um tema imensamente divisível, que é a dobra. Há o dobrar, desdobrar, redobrar incessantemente os espaços e as temporalidades da experiência criando trocas constantes entre o mundo exterior e o mundo interior. Entre o infinitamente grande do Universo e o infinitamente pequeno do viver.
No ano em que o Museu Municipal de Loulé celebra o seu 20º aniversário, durante os dias do Festival MED recebe a exposição “Vestígios de uma história (ainda) por contar…”, de José Pires
No registo histórico de um indecifrável segredo, o museu. A criteriosa regeneração do subtil gesto, a quase imperceptível lasca. No aparente naufrágio das vozes, a descoberta da silenciosa dança do fogo tatuada na pele da terra.
A fotografia é outra das componentes artísticas que pretende retratar a diversidade das culturas do mundo. Nos Claustros do Convento do Espírito Santo, o fotógrafo Filipe Palma apresenta a exposição “Para além do branco”. Por outro lado, a organização do Festival promove pela primeira vez o Concurso de Fotografia “MED, um festival de cor, vida e muita emoção”, com 20 participantes que irão, através da sua lente, captar os momentos mais intensos desta edição.
O colorido e a diversidade vão marcar cerca de uma centena de expositores de artesanato e agro-alimentares que vão estar espalhados pelos becos e ruelas da Zona Histórica de Loulé. A grande aposta é no artesanato internacional, com especial incidência no marroquino, tunisino e egípcio. Mas as novas tendências do artesanato moderno também vão marcar presença nesta décima segunda edição do Festival MED. Os visitantes podem adquirir uma série de produtos que vão desde a bijutaria, têxteis e vestuário aos objectos característicos de várias culturas do mundo.