As ruas estreitas da zona histórica de Loulé encheram-se com cerca de 20 mil pessoas que se deslocaram ao MED, durante os 3 dias, para assistir aos 55 concertos divididos pelos oito palcos do festival de World Music, que juntou várias culturas do mundo no mesmo espaço.
“Esta edição foi um sucesso e o grau de satisfação é elevado”, diz Carlos Carmo, coordenador do festival. Os números desta edição não estão oficializados mas o responsável adianta ter sido um festival “muito próximo” do que se fez nos anos anteriores.
Animação de rua, dança, teatro, artes plásticas, workshops, artesanato, exposições e música para todos os gostos foi o que não faltou na 13ª edição de um festival que trouxe a Loulé bandas oriundas dos cinco continentes.
Shantel, Ana Tijoux, Dubioza Kolektiv, Sonido Gallo Negro, Mbongwana Star, Dona Onete, Alo Wala, Tinariwen, Hindi Zahra, Emicida, António Zambujo e Capicua foram apenas alguns dos nomes do cartaz que foi o “mais variado possível, para poder atrair todo o tipo de público”, disse Carlos Carmo, que não tem dúvidas na altura de escolher o momento marcante desta edição. “Um dos concertos que fica na história como um dos melhores de sempre é o dos Dubioza Kolektiv, que colocaram o Palco Matriz ao rubro, completamente cheio”. Os bósnios destacaram-se com o punk/rock dos balcãs, que culminou num “concerto memorável”, destaca Carlos Carmo.
Uma das novidades deste ano foi a criação do Palco Jardim, onde houve música e dança tradicional de países como a Síria, a Guiné-Conacri, o Sudão ou Marrocos.
“Relativamente ao ano passado, em que assistimos a uma edição fabulosa que elevou bastante a fasquia, tínhamos as expectativas altas e conseguimos alcançar os objectivos. Tivemos uma casa cheia de público, concertos que ficarão para sempre na mente de quem aqui esteve, proporcionando experiências únicas”, disse Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé.
O MED decorreu entre os dias 30 de Junho e 3 de Julho, sendo este último de entrada livre e onde a gastronomia foi protagonista. No “Open Day” houve ainda espaço para alguma música e animação entre as bancas de artesanato que coloriram as ruas, sendo um atractivo para os visitantes que puderam adquirir produtos de todo o mundo e objectos elaborados ao vivo por artesãos locais.
A edição de 2017 já está a ser preparada, “com aspectos a melhorar”, e o responsável garante que “em breve” haverá novidades.
(Com Ricardo Claro)