Segundo a PGR, entre os suspeitos estão técnicos de administração tributária, inspectores tributários, chefes de finanças, um director de serviços da Autoridade Tributária, um director de finanças adjunto, um membro do Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros, advogados, técnicos oficiais de contas e empresários.
“Em causa estão alegadas ligações que terão sido estabelecidas entre alguns suspeitos, funcionários da Autoridade Tributária, e técnicos oficiais de contas, advogados, empresários, outros prestadores de serviços na área tributária e contribuintes que se mostrassem dispostos a pagar quantias monetárias ou outros proventos para que lhes fosse fornecida informação fiscal, bancária ou patrimonial de terceiros e consultadoria fiscal”, precisou a nota de imprensa da PGR.
No essencial, a investigção incide sobre suspeitas da prática, por parte de trabalhadores da Autoridade Tributária (AT), de actos violadores dos respectivos deveres funcionais, a troco de dinheiro ou de outros bens.
A operação implicou a realização de 100 buscas domiciliárias e não domiciliárias na zona da Grande Lisboa, designadamente a escritórios de advogados, empresas e também a postos de trabalho na Autoridade Tributária, tendo sido efectuadas mais de uma dezena de detenções.
A investigação foi dirigida pela 9.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, em articulação com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária e pela Autoridade Tributária, tendo nas diligências participado seis magistrados do Ministério Público, quatro magistrados judiciais e mais de 200 elementos da Polícia Judiciária.
Agência Lusa