O maior incêndio registado no Algarve este ano foi em Monchique a 1 de Julho, tendo começado a arder na zona de Foz do Farelo. Este incêndio, de acordo com os dados do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Algarve disponibilizados ao POSTAL, consumiu 13,8 hectares, dos quais 12 hectares de eucalipto, 1,3 de mato e 0,5 hectares de outras espécies florestais.
Além de ser o maior incêndio do ano na região até ao momento, esta ocorrência resultou em mais de metade do total de área florestal ardida na região até 15 de Julho. Segundo os dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNB), no Algarve arderam até 15 de Julho 27 hectares de povoamento florestal, dos quais 13 hectares foram matos e 14 outras espécies.
Monchique tem no terreno meios de vigilância reforçados
Enquanto dura a época mais crítica dos fogos florestais na região, todos os meios disponíveis estão a ser utilizados para reforçar a vigilância, em particular nas áreas mais críticas da serra algarvia, e para garantir uma resposta com elevado nível de prontidão.
Monchique tem nesta matéria um sistema de prevenção instalado que contempla “mais equipas de vigilância no terreno em relação ao ano anterior e o posicionamento de uma Brigada de Combate a Incêndios Florestais (BCIN Barlavento) estacionada em Alferce”.
O concelho, revela a informação da autarquia liderada por Rui André, conta também com “mais uma ELAC – Equipa de Logística de Apoio ao Combate; duas equipas ECIN – Equipa de Combate a Incêndios Florestais, uma posicionada no Quartel dos Bombeiros na Vila de Monchique e outra na Secção de Marmelete/Casa do Povo, além de que está instalada no concelho uma EHATI – Equipa Helitransportada de Ataque Inicial”.
Este ano as equipas de vigilância em todo o concelho foram reforçadas e o dispositivo conta com seis as equipas de vigilância e deteção de incêndios que irão percorrer toda a área deste concelho serrano, todas resultantes de protocolos e acordos que a autarquia fez com diversas entidades para a constituição destas equipas que têm ainda capacidade de primeira intervenção, estando munidas com meios próprios”.
A GNR tem ainda instalados no concelho dois postos de vigia fixos, um na Foia e outro na Picota e o Exército duas equipas constituídas por Militares do Regimento de Infantaria n.º 1 – Beja, que fazem patrulhar armadas, 24 sobre 24 horas em todo o território do concelho.
O autarca local destaca que “a Câmara tem feito um esforço enorme, ao longo dos últimos anos, tanto financeiro como logístico para que estejamos cada vez mais e melhor preparados, melhor apetrechados para prevenir, detetar e combater de forma eficiente um flagelo que já tantas vezes assolou o concelho de Monchique”.
O presidente da Câmara realça que “Monchique depende muito da floresta, é sobre ela e a sua defesa contra incêndios que temos de concentrar esforços e por isso não baixaremos os braços enquanto decorrer este período crítico”.