Ao comemorar 15 anos desde a sua abertura ao público, a Biblioteca Municipal de Faro foi palco da aguardada entrega do prémio literário António Ramos Rosa ao poeta Luís Quintais pela sua obra “O Vidro”, no passado dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro. A cerimónia, que há cinco anos não se realizava, serviu simultaneamente para celebrar um pouco do “mundo da liberdade livre” e da “palavra livre”, tão caro ao saudoso patrono da biblioteca.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara mostrou-se satisfeito com o relançamento do prémio, referindo que “cumprimos um objectivo importante para a reafirmação da pujança cultural do concelho, como é nossa obrigação enquanto autarcas nesta capital de distrito, sempre tão exigente sob o ponto de vista dos hábitos culturais”. Rogério Bacalhau teve ainda a oportunidade de anunciar o acordo com a Fundação Millennium BCP, entidade representada por Fernando Nogueira e que garantiu o patrocínio para as próximas três edições deste prestigiado concurso que já premiou nomes grados da poesia nacional como Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Nuno Júdice e João Rui de Sousa.
Prémio de cinco mil euros
O prémio foi atribuído a Luís Quintais, a quem o consagrado poeta Gastão Cruz, membro do júri, que contou ainda com o crítico António Carlos Cortez e o vice-reitor da Universidade do Algarve, Pedro Ferré, se referiu como “um dos melhores poetas portugueses da actualidade. Na verdade, em Luís Quintais encontramos uma das vozes mais seguras da nova poesia portuguesa e somos confrontados com um fulgor rítmico magistral e com a visita a alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor. Vitrificação, estilhaços, riscos, violência e história, “O Vidro” alude a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot”.
O prémio, no valor de cinco mil euros, teve o alto patrocínio da Fundação Millennium BCP e o apoio de DELTA Cafés, ANA – Aeroportos de Portugal, Turismo de Portugal, Hotel Faro, Tertúlia Algarvia e Jornal de Letras, Artes e Ideias.