A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lançou esta segunda-feira a campanha “Há quanto tempo não vê as suas costas”, que visa alertar para a importância da prevenção e do rastreio do cancro da pele.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da LPCC, Vítor Veloso, explicou que esta campanha “visa dar continuidade às campanhas anteriores” sobre o cancro da pele, mas desta vez com enfoque na necessidade de se observar as costas, já que uma percentagem significativa destes tumores começa por manifestar-se nesta zona do corpo.
“As costas são uma região que pouca gente vê, esporadicamente pode ver pelo espelho, mas não vê com nitidez” e, por isso, “queremos que os portugueses comecem a estar mais atentos aos sinais nesta zona do corpo”, disse o oncologista.
Além desta região do corpo, os portugueses também devem observar outras zonas em que aparecem muitos sinais, como o couro cabeludo, pescoço, orelhas, nádegas e plantas dos pés.
O presidente da liga adiantou que esta campanha também é para relembrar que a exposição solar, sem as devidas precauções, aumenta comprovadamente o risco de desenvolver este tipo de cancro.
Segundo o oncologista, “é necessário explicar que, além da protecção solar, [os portugueses] devem também ficar atentos aos novos sinais que aparecem na pele e que podem ser indício de cancro de pele”, salientou.
“O cancro da pele é o cancro mais comum do mundo, o que aparece em maior número, felizmente na grande maioria é curável, desde que seja tratado convenientemente, mas aqui interessa-nos sobretudo um deles, que sob o ponto de vista oncológico merece muito respeito, que é o melanoma”, frisou Vítor Veloso.
Campanha “Há quanto tempo não vê as suas costas?”
A fadista Cuca Roseta, as atrizes Liliana Santos e Sara Matos, Sónia Morais Santos e os irmãos Sérgio e Nélson Rosado são os nomes que dão “as costas” por esta campanha e se associaram à LPCC num vídeo que apela à importância de estar atento aos sinais que aparecem nas costas.
O cancro de pele é geralmente causado pela exposição excessiva aos raios ultravioleta e “é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas pode afectar qualquer pessoa”, alerta a Liga.
“Embora seja também um dos tipos de cancro mais tratáveis e com maior taxa de recuperação, o conhecimento público sobre os sintomas do cancro de pele é reduzido, o que torna a detecção precoce vital”, acrescenta.
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2016, serão diagnosticados mais de 12 mil novos casos e cerca de mil serão novos casos de melanoma.
(Agência Lusa)