A JSD (Juventude Social Democrata) de Faro foi reativada, sendo Catarina Santos, de 22 anos, a nova presidente, após o ato eleitoral realizado no passado sábado, 28 de novembro. A jovem farense liderou a única lista candidata e o POSTAL quis saber os novos desafios que encara agora e como entrou para o mundo da política.
O que é a JSD e quais os seus objetivos?
Da JSD fazem parte jovens absolutamente interessados, dedicados, inteligentes e empenhados, que têm vontade de melhorar a sua cidade. A minha equipa é feita de pessoas extraordinárias, com vontade de melhorar Faro e acompanhar os jovens nas suas dificuldades. Quanto aos objetivos, vamos debater muito, até pela crise provocada pela pandemia de covid-19. Sabemos que as principais “vítimas” da crise que estamos a atravessar são os jovens, quer seja porque estão a iniciar a carreira profissional, quer seja porque já são independentes. Em suma, são os jovens que vão ter menos segurança a nível de rendimentos. O papel da JSD é a defesa intransigente da juventude portuguesa.
Sente que desempenha um papel importante por ter sido a Catarina a ativar a JSD?
Sim, nós temos definido como um dos objetivos do nosso mandato recuperar o interesse dos nossos militantes que se foram afastando ao longo destes meses em que a concelhia esteve desativada. Outro objetivo é atrair novos militantes. Queremos investir numa comunicação clara e eficaz e ter atividades de formação, que qualifiquem os nossos quadros. É preciso aproximar os jovens da atividade política, do espírito crítico, do debate e fazê-los pensar.
Mantém uma relação ativa com o PSD?
A nossa relação é muito boa e comprometemo-nos sempre a marcar presença nos momentos de discussão. Estamos sempre disponíveis para apoiar a estrutura sempre que possível. Sou deputada municipal e muitos dos meus colegas de bancada são do PSD. Acredito, que temos um quadro de militantes com pessoas dinâmicas e qualidades e que os nossos jovens podem apoiar a lista do PSD, indo às assembleias de freguesias e municipais. É necessário renovar os agentes políticos, chamando os jovens que estão preparados para servir Faro e que estão de forma dedicada e apaixonada a fazer política.
O que a levou a entrar no ‘mundo’ da política?
A JSD Faro estava desativada há cerca de um ano e meio e na minha opinião, agora, mais do que nunca, é essencial o nosso papel. É fundamental alguém que vá às escolas, formar, informar, ouvir, debater e esclarecer todos. É com esta proximidade e conhecimento da realidade que eu tenho, que vamos conseguir fazer a diferença. O objetivo é colocar a JSD Faro na agenda política que estava “esquecida”.
“Num jantar onde Pedro Passos Coelho veio ao Algarve, imprimi uma ficha de militância e fui-lhe mostrar”
Sou licenciada em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. É um curso bastante interessante e que me abriu portas, ajudando-me a aumentar o meu sentido crítico e o meu espírito de debate. Além disso, consegui ver a política de outra forma. Não só pelo lado do debate, mas entender e compreender mais a nível económico o que está em causa. Eu queria ser militante do PSD antes de poder ser militante, tinha eu ainda 15 anos e não me podia inscrever. Num jantar onde Pedro Passos Coelho veio ao Algarve, imprimi uma ficha de militância e fui-lhe mostrar, demonstrando a minha vontade de entrar e convidando-o para ser meu preponente. Foi ele que assinou a minha ficha de militância. Foi o momento do início da minha atividade política, que nunca vou esquecer e, a partir dai, só vieram coisas boas. Os jovens estão propensos a olhar para a política, sendo que talvez estejam um bocadinho desacreditados
Sente que a política não está muito presente nos jovens atualmente?
Eu acho que cada vez mais os jovens estão propensos a olhar para a política, sendo que talvez estejam um bocadinho desacreditados. Saliento ainda a presença feminina na nossa equipa, que mostra a igualdade. É uma medida não só justa, como benéfica. Tal como se pode verificar, a nossa lista é composta por jovens dos 16 aos 22 e, em comparação à lista anterior, que era muito mais velha, temos jovens recém-licenciados e do secundário. O espectro das áreas é também enorme, desde a saúde, ciências políticas e gestão.
O que se imagina a fazer no futuro, a médio ou longo prazo? Sente que o seu caminho passa pela política?
Eu tenho apenas 22 anos e a JSD é até aos 30 anos. Tenho um longo caminho pela frente. Sei que tenho muito a aprender, mas vou estar sempre pronta a defender os jovens farenses e penso que a JSD Faro ainda tem muitos anos comigo lá, assim como com toda a equipa. Espero ainda continuar a fazer parte do PSD Faro, Assembleia Municipal e Coordenação de Formação, que é uma das minhas grandes paixões continuar a formar jovens, tanto a nível político como cívico. O meu dia precisava de ter 48 horas para tudo o que faço. Contudo, quem corre por gosto, não se cansa. Temos como lema: “Saber o que nos pertence, mostrar o que é ser farense”. Acho que vão ouvir falar muito de nós, nós vamos levantar temas que são importantes para os jovens algarvios e lutar por eles, acompanhando-os nas suas dificuldades. Podem contar connosco e enviar e-mails sempre.