Espanha vai criar um apoio mensal de 250 euros para ajudar os jovens entre os 18 e os 35 anos a pagar os custos de uma habitação. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro: “Trata-se de algo inédito, que vai construir uma garantia sólida, completa e transversal dos direitos sociais”, disse em Sevilha, durante o I Fórum Urbano de Espanha, citado pelo El Mundo.
A medida destina-se aos jovens de famílias vulneráveis que ganhem menos de 23.725 euros por ano e vai estar em vigor durante os próximos dois anos. O objetivo do Executivo é que estes cidadãos tenham capacidade financeira para saírem da casa dos pais: “Vamos destinar uma política pública para reduzir a idade da emancipação tão insuportavelmente alta no nosso país para que os jovens consigam aceder a uma casa arrendada digna com o apoio e a ajuda da Administração Geral do Estado”, sublinhou Sánchez, também líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Segundo o governante, este apoio financeiro pode cobrir cerca de 40% das despesas de aluguer quando complementado com outras ajudas sociais já em vigor. “Será importante para ajudar os jovens a emanciparem-se”, reforçou Félix Bolaños, ministro da Presidência espanhol.
O partido Unidas Podemos (UP), parceiro de coligação no governo juntamente com o PSOE, preferiu não comentar a medida para já: Ione Belarra, ministra dos Direitos Socais e líder do UP, garantiu não ter sido avisada mas prometeu que vai estudá-la “em detalhe” antes de se pronunciar.
Pedro Sánchez anunciou outra medida destinada aos jovens que fazem 18 anos: um apoio de 400 euros para consumir cultura, tal como já existe em Itália ou França. De acordo com o governante, este valor serve para os jovens gastarem “na compra de livros ou para o consumo de qualquer tipo de atividade artística, cénica, como podem ser o teatro o cinema, a dança ou a música”.
As touradas ficam de fora deste apoio: “Queremos ajudar a indústria cultural e há que priorizar quais são os sectores e é por isso que a tauromaquia fica fora destes apoios, com a independência de que seja um elemento cultural contemplado em diferentes legislações”, explicou María Jesús Montero, ministra das Finanças. A decisão gerou um “enérgico mal-estar” junto da Associação Nacional de Organizadores de Espetáculos Taurinos.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso