Desde o início do ano e até esta segunda-feira, morreram sete reclusos em Portugal, com idades entre os 34 e 56 anos. De acordo com a informação que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) revelou ao jornal “Público”, nas sete mortes que ocorreram nas três primeiras semanas de 2022 não esteve presente a Polícia Judiciária (PJ), que tem a competência para investigar homicídios. A DGRSP afirma não ter competência para chamar a PJ, tendo reencaminhado os casos para o Ministério Público (MP).
A DGRSP revela que duas destas mortes foram por suicídio – uma no Estabelecimento Prisional de Lisboa e outra no Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo – e as outras cinco “resultaram de doença” de reclusos que estavam nas prisões de Alcoentre, da Carregueira, de Pinheiro da Cruz, de Santa Cruz do Bispo e do Hospital Prisional de São João de Deus.
Segundo a DGRSP, no ano passado morreram 57 reclusos (desses, 11 foram suicídios), em 2020 houve 75 mortes (dessas, 21 por suicídio), em 2019 houve 59 mortes (11 por suicídio), em 2018 houve 48 mortes (10 por suicídio) e em 2017 foram 64 (13 por suicídio). Os dados revelados esta segunda-feira pelo “Diário de Notícias” contabilizavam 303 mortes nas prisões em cinco anos, tendo a PJ sido chamada a investigar seis. A DGRSP, em comunicado, acrescentou que estes óbitos reportam a um universo de mais de cem mil reclusos e que nenhum foi por homicídio.
Contactos e serviços disponíveis para prevenção do suicídio
SOS VOZ AMIGA (16h-24h): 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660 / 800 209 899 (21h-24h, linha verde gratuita)
CONVERSA AMIGA (15h-22h): 808 237 327 / 210 027 159
VOZES AMIGAS DE ESPERANÇA DE PORTUGAL (16h-22h): 222 080 707
VOZ DE APOIO (21h-24h): 225 506 070 / [email protected]
https://www.who.int/health-topics/suicide
https://ifightdepression.com/pt/start
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL