O conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reuniu-se, esta quinta-feira, para reavaliar a atitude da Igreja perante a atual situação pandémica. Os bispos concordam que há condições para a reabertura das Igrejas e para a celebração de missas presenciais, mas mantém todas as restrições de limitação máxima de fiéis, higienização e uso obrigatório de máscaras.
Os bispos dão ainda luz verde para as celebrações da quaresma e da Páscoa, mas pedem para que se evitem “nesta fase, procissões e outras expressões da piedade popular, como as “visitas pascais” e a “saída simbólica” de cruzes, de modo a evitar riscos para a saúde pública”.
É o segundo ano consecutivo em que a tradicional semana da Páscoa é celebrada com fortes limitações pela Igreja portuguesa. Sem procissões, nem os tradicionais compassos (visitas da cruz de casa em casa, típica sobretudo nas regiões do Norte), os bispos dão ainda um conjunto de “orientações para as celebrações da Semana Santa).
No Domingo de Ramos, que este ano calha no dia 28 de março e em que os católicos celebram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, é proibida a troca ou a entrega dos tradicionais ramos de oliveira ou palmas. Cada participante na missa terá de levar o seu próprio ramo que, durante a cerimónia, será benzido.
Para quinta-feira santa, os bispos cancelam ainda a tradicional cerimónia do lava-pés e fazem a recomendação geral para que todas as celebrações pascais tenham em conta a atual situação pandémica e a necessidade de se cumprirem as normas das autoridades de saúde: uso de máscara, distanciamento físico e higienização das mãos e dos espaços.
Todos os outros sacramentos, desde a confissão aos casamentos, batizados e crismas podem ser celebrados, desde que se cumpram as normas já divulgadas pela Conferência Episcopal e que passam, essencialmente, pela redução do número de convidados e pela alteração dos rituais de forma a evitar os riscos de contágio.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso