A famosa saga ‘Velocidade Furiosa’ vai estrear o seu décimo filme nos cinemas esta quinta-feira. Portugal é um dos cenários principais do filme. A mega produção esteve no nosso país de junho a julho do ano passado em Lisboa, Vila Real e Viseu. Foi no distrito de Viseu, em Sande, Lamego, que um homem de 68 anos rejeitou algo que agora se arrepende, a história foi contada ao Notícias ao Minuto.
Um casal de idosos: Carminha Rodrigues, de 67 anos, e Bernardo Rodrigues, de 68, estavam a ter um dia normal quando receberam uma proposta que poderia ter ajudado e muito a vida de ambos. Não conseguiram ignorar, no entanto, o velho ditado que diz que ‘quando a esmola é muita, o pobre desconfia’.
O casal conta que dois homens que não conheciam, ambos “muito bem vestidos”, e saídos de um carro de alta gama cruzarem-se com Carminha, que se encontrava a vender fruta da própria quinta na estrada, como habitual. Os homens perguntaram-lhe quem eram os donos da casa que se encontrava mais abaixo. Carminha respondeu que a casa era sua e do marido e ouviu, logo de seguida, a proposta que à primeira vista parecia irrecusável.
Os dois homens tinham procurado a melhor casa da zona e escolheram a do casal para as gravações do filme que tem como título original ‘Fast X’.
A proposta era 1.500 euros por dia, durante três semanas ao todo, seriam 31.500 euros. Queriam apenas ter a possibilidade de “remodelar livremente a casa” e, depois, de “filmar dentro dela” parte do filme.
A casa é habitada por Bernardo e Carminha há mais de 38 anos. Foi construída ‘a pulso’ por ambos. A terra deu lugar a uma estrutura e a uma extensa vinha que é diariamente cuidada por este casal que ainda trabalha diariamente. Os dois cultivam couves, favas, ervilhas, figos, tomates e muitas outras coisas, além de produzirem azeite e vinho.
Carminha teve vontade de aceitar de imediato a proposta que acabara de lhe ser feita, mas quis consultar o marido, a quem a ideia não agradou. Ligou para Bernardo, que uns metros abaixo atendeu o telemóvel. “Não quero cá ninguém, eles devem ser ladrões”, gritou. O medo de que tudo não passasse de um esquema para lhes roubarem bens falou mais alto e a resposta final acabou por ser um ‘redondo não’, sem espaço para pensar depois, mais racionalmente.