O Hospital Particular do Algarve, a JCS – Unidade de Radioncologia do Algarve e a Associação Oncológica do Algarve farão um rastreio ao cancro do pulmão no próximo dia 12 de Maio, um sábado, cuja acção decorrerá simultaneamente nos Hospitais de Alvor e Gambelas, bem como na Unidade de Radioterapia do Algarve, em Faro.
Recorde-se que o cancro do pulmão faz parte do grupo dos cancros com maior incidência em Portugal, com incremento sobretudo nas mulheres devido aos hábitos tabágicos.
Conforme explica o HPA em comunicado de imprensa, “a detecção precoce de cancro do pulmão através de Tomografia Computadorizada (TC) de baixa dose permite conhecer ainda em fase inicial os nódulos tumorais, quando estes ainda são pequenos e curáveis. Desta forma, quando detectado precocemente, o cancro do pulmão pode ter uma taxa de cura de cerca de 80%, sendo que esse valor aumenta para 92% se o tratamento for imediatamente iniciado”.
A opinião dos especialistas é unânime relativamente a este assunto.
O exame efectuado é um TAC simples, que abrange todo o pulmão com dose mais baixa que o TAC habitual, e permite detectar pela elevada resolução, de forma simples e não invasiva, pequenos tumores do pulmão. “O exame demora cinco minutos, não precisa de nenhuma preparação especial, nem de jejum, e não se administra contraste”, refere a doutora Teresa Figueiredo, radiologista e coordenadora do Serviço de Imagiologia do Grupo HPA Saúde. Por seu lado, a pneumologista Cátia Saraiva coloca a tónica na intervenção.
Nos últimos anos tem-se assistido a um avanço significativo no tratamento do cancro do pulmão
De salientar, que nos últimos anos tem-se assistido a um avanço significativo no tratamento do cancro do pulmão, com esquemas de tratamento quer com quimioterapia, imunoterapia ou terapêuticas alvo cada vez eficazes, dirigidos e personalizados, permitindo uma maior qualidade e tempo de sobrevida. Contudo, refere esta especialista, “o rastreio e detecção da doença numa fase precoce permanece a abordagem mais eficaz, antes da ocorrência de sintomas e enquanto a terapêutica com intenção curativa seja possível”.
Para terminar, Paulo Sousa, cirurgião e director clínico do Hospital de Gambelas, acentua a importância da avaliação e intervenção multidisciplinar: “de forma transversal o diagnóstico e o tratamento médico têm hoje um suporte profissional multidisciplinar, cujo exemplo paradigmático é a doença oncológica. Nesse sentido, cumprimos de forma rigorosa essa determinação em todas as fases do desenvolvimento da doença; do diagnóstico aos diferentes tratamentos”.
Semanalmente a equipa reúne (muitas vezes mais de cinco especialistas diferentes) para decidir o que melhor podemos fazer pelo doente e a sua família. Neste processo, o rastreio é também considerado uma intervenção e decisão multidisciplinar.
O rastreio é gratuito, bastando efectuar marcação através do 707 282 828.