O Grupo espanhol Avanza venceu o concurso para subconcessão para a gestão da Carris e do Metro de Lisboa pelo período de oito anos, disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Economia.
Apresentaram uma proposta conjunta a transportadora parisiense RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens), a britânica National Express e a espanhola Avanza.
Na Carris estavam interessados ainda a Barraqueiro em conjunto a TCC (Transports Ciutat Comtal), que integra o consórcio que venceu o concurso público para a subconcessão dos transportes públicos do Porto. Para a gestão do Metro de Lisboa tinha-se candidatado ainda a francesa Transdev.
O ministério da Economia diz que esta subconcessão vai permitir uma poupança ao Estado de 25 milhões de euros.
O grupo espanhol é assim responsável pela gestão da operação do Metro – com 338 composições que percorrem os 43,2 quilómetros de extensão da rede, com 53 estações e mais de 1.400 trabalhadores – e da Carris, que no seu universo conta com mais de 2.500 trabalhadores e 635 autocarros.
Quem é o Grupo Avanza
O grupo Avanza é o maior operador privado de serviços de transporte urbano em Espanha e marca presença nos transportes públicos urbanos de 28 cidades espanholas e duas portuguesas, Covilhã e Vila Real.
Ao todo, em transportes urbanos, a empresa conta com universo potencial de clientes de cerca de três milhões de pessoas, refere a AVANZA nos seus dados empresariais.
No chamado serviço regional (operación de cercanías, em Castelhano) o Grupo AVANZA opera com 22 empresas distintas que asseguram ligações em Madrid, Málaga, Alicante, Salamanca y Huesca.
No transporte de passageiros a longa distância a empresa tem cinco marcas a operar no mercado espanhol, em particular na área da Grande Madrid e envolvente, Huesca, Valência e Mérida, estendendo as suas linhas até à Galiza e a Huelva e Ayamonte.
O grupo está ainda presente na gestão de terminais de autocarros que representam 130 mil metros quadrados de área construída e gerem um fluxo de cerca de 17 milhões de passageiros por ano. Estes terminais operam um milhão de autocarros/ano e geram, segundo o grupo de transportes, 20 milhões de euros de facturação.
O grupo revela ainda, a 31/12/2014, um volume de negócios de 388,5 milhões de euros.
(com Agência Lusa)