A gripe A está de volta com força total, sendo responsável por mais de 96% dos casos que têm chegado às urgências hospitalares, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). A atual predominância da gripe A nos serviços de saúde destaca-se pelo vírus da pandemia de 2009 e pelo H3N2, este último ligeiramente diferente em relação ao ano anterior, contribuindo para a prolongada duração dos casos.
Especialistas do INSA alertam que, este ano, os casos de gripe estão mais intensos, com sintomas mais robustos que se prolongam por 6 a 8 semanas. Este fenómeno sugere que os vírus em circulação são mais agressivos, levando a uma maior sintomatologia e, consequentemente, a um aumento na procura pelos serviços de urgência, como nos conta o Executive Digest.
Desde o início do inverno, foram contabilizados quase 28 mil casos de infeções respiratórias relacionadas com a gripe A. Em contrapartida, a COVID-19 aparenta estar controlada, sendo responsável por apenas 16% das idas às urgências. A nova variante Jn.1 não demonstra ser mais agressiva, não representando uma fonte significativa de preocupação para o Sistema Nacional de Saúde (SNS).
É importante notar que o vírus sincicial respiratório continua a mostrar uma “aumento da atividade”, especialmente entre crianças menores de cinco anos, conforme destacado pelo INSA.
Sintomas da Gripe A
A gripe A é uma doença causada pelo vírus influenza A, que engloba os subtipos H1N1 e H3N2. Os sintomas são semelhantes aos da gripe sazonal, incluindo febre, tosse, nariz entupido e dor de garganta. Além disso, podem ocorrer dores corporais, dor de cabeça, arrepios, fadiga, vómitos ou diarreia.
Num cenário onde a variabilidade dos vírus da gripe é uma constante, é essencial que a população esteja alerta para os sintomas, adote medidas preventivas, como a vacinação, e procure assistência médica quando necessário. O INSA e as autoridades de saúde continuam a monitorizar atentamente a evolução da situação, garantindo uma resposta eficaz às necessidades da população.
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