A nova ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, reacendeu o debate sobre as alterações ao Código do Trabalho, com o objetivo de flexibilizar a legislação laboral. Num cenário onde o diálogo com os parceiros sociais é fundamental, destacam-se seis áreas potenciais de revisão, incluindo a presunção de laboralidade em plataformas digitais, limitações ao outsourcing e teletrabalho.
Numa postura cautelosa, o Governo mantém discrição quanto aos detalhes das mudanças planeadas, realçando a importância do envolvimento dos parceiros sociais na definição das reformas. Esta abordagem, de acordo com a Executive Digest, contrasta com a proposta da Aliança Democrática (AD) de simplificação e racionalização da legislação do trabalho, que ganhou destaque desde o programa eleitoral.
A presunção de laboralidade em plataformas digitais é um dos pontos críticos em discussão, com a ministra a expressar discordância em relação à solução legislativa anterior. Temas como outsourcing e flexibilidade nos horários de trabalho também estão em pauta para discussão, num esforço para modernizar as regras e promover uma maior compreensão entre trabalhadores e empregadores.
No entanto, as propostas específicas ainda não foram reveladas, suscitando reservas por parte dos sindicatos. O desafio reside em conciliar os interesses das diversas partes envolvidas e traduzir as reformas em legislação, exigindo não apenas consenso entre os parceiros sociais, mas também aprovação na Assembleia da República para entrar em vigor.
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