O Governo autorizou esta terça-feira a Administração dos Portos de Sines e do Algarve a iniciar dragagens no estuário do rio Arade, em Portimão, obra que visa aumentar as condições de navegabilidade e segurança para embarcações de pequeno porte.
A empreitada, orçada em cerca de 200 mil euros, prevê a remoção e movimentação de um volume de 25 mil metros cúbicos de sedimentos, “para eliminar um banco de areia, entre o porto de pesca e o passeio ribeirinho na bacia do rio”, disse à agência Lusa o chefe de gabinete da presidência da Câmara de Portimão.
A autorização para o início dos trabalhos foi anunciada em comunicado pelo Ministério do Mar, tutelado por Ana Paula Vitorino, considerando que a intervenção “vai ao encontro das necessidades de desenvolvimento económico e turístico das actividades marítimas, com reflexo na promoção e valorização do destino Algarve”.
Banco de areia condiciona a realização do Grande Prémio de Portugal do Mundial de Fórmula 1 de Motonáutica
O banco de areia no estuário do rio Arade foi considerado como uma condicionante para a realização do Grande Prémio de Portugal do Mundial de Fórmula 1 de Motonáutica, agendado para os dias 29 e 31 de Julho.
“É uma prova relevante para a economia da região, que coloca Portugal no ranking dos países privilegiados para a realização de grandes provas náuticas internacionais, com impactes significativos na economia do mar”, lê-se na nota do gabinete da ministra.
Segundo o documento, a tutela “tem assumido uma postura activa de incentivo e dinamização das actividades de turismo náutico, cumprindo os compromissos assumidos no Programa do Governo”.
A dragagem do Arade entre Portimão e Silves é uma obra reivindicada desde há vários anos pelos autarcas dos concelhos de Portimão, Lagoa e Silves, de modo a tornar o troço do rio navegável, em qualquer condição de maré, por embarcações de recreio náutico de porte médio.
Um estudo do projecto de navegabilidade do Arade efetuado em 2005 previa a dragagem de um canal com cerca de 11,2 quilómetros de extensão e a requalificação ambiental da zona envolvente, criando postos de acostagem para embarcações e percursos pedonais de interesse natural e ambiental, no sentido de valorizar um recurso essencial para o desenvolvimento do Barlavento Algarvio.
(Agência Lusa)