Não é a primeira vez que a GNR no Algarve se associa a causas solidárias – tal como o POSTAL várias vezes tem noticiado, a última delas no apoio à pequena Mariana – nas mais diversas áreas e, desta vez, a escolha da iniciativa a apoiar recaiu sobre a criança conhecida como Miriam a pequena lutadora.
Esta força policial acolheu o pedido feito por um familiar da Miriam e uniu-se ao esforço para angariar o maior número possível de tampinhas, caricas e rolhas de cortiça que, uma vez convertidas em dinheiro, serão um passo fulcral para os tratamentos a que esta pequena lutadora quer aceder.
O Comando Territorial de Faro, através da Secção de Programas Especiais de Albufeira efectuou a entrega das tampinhas, caricas e rolhas de cortiça, como resultado da recolha efetuada na zona de Albufeira, “sendo de salientar que se associaram a esta iniciativa diversas empresas e associações locais, escolas do concelho de Albufeira e ainda civis”, refere a nota informativa da GNR.
De acordo com a informação veiculada na página de Facebook Miriam a pequena lutadora, a menina de oito anos natural de São Brás de Alportel, é descrita como “muito brincalhona e sorridente”, referindo-se que “aos oito meses e meio estive em contacto com o vírus do herpes e adoeci com uma encefalite herpética. Desde aí tenho lutado todos dias pela minha vida e pela minha recuperação, pois o vírus fez lesões no meu cérebro, e assim fiquei sem andar, sem falar, e sem poder brincar com as minhas meninas da minha idade… Mas como sou muito forte e lutadora, todos dias tento recuperar na tentativa de voltar a ter uma vida normal, como qualquer outra criança”.
“Desde a um ano e sete meses comecei uma nova luta na clinica Rehab4life em Faro para um dia poder realizar meu sonho. É uma luta diária e difícil pois a mamã teve que deixar de trabalhar para me acompanhar nas fisioterapias, e vivemos só nós duas, sem apoios do Estado, uma vez que a mãe só recebe 201.98 euros de mim por parte da segurança social relativos a abonos, apoio a terceira pessoa e da minha deficiência”, refere a mesma informação escrita na primeira pessoa apelando ao apoio de todos uma vez que “cada terapia tem um custo diário que ao fim de cada mês é muito difícil suportar”.
Sem ser avançada nem a quantidade de tampinhas recolhidas, nem o seu valor potencial em dinheiro, a acção solidária não deixa de ser relevante e, quanto ao que a GNR pôde ajudar, a imagem dos militares da força policial com o material recolhido e a pequena Miriam e a mãe fala por si.