O oficial de justiça detido na segunda-feira no Algarve por suspeita de corrupção passiva vai ser suspenso de funções, obrigado a permanecer em casa e está proibido de contactar com os outros arguidos do processo, informou fonte oficial.
Além do oficial de justiça, que alegadamente fornecia informações de imóveis em processos de execução, outro dos três detidos no mesmo processo ficou também obrigado a permanecer em casa e proibido de contactar com os outros arguidos, revelou a Procuradoria da Comarca de Faro em comunicado.
Após interrogatório judicial, o juiz decidiu que os restantes detidos ficariam proibidos de contactos com os outros arguidos, estando obrigados a apresentarem-se no posto policial e, num dos casos, a permanecer na área do concelho da sua residência.
“Há suspeitas de que o funcionário judicial, em colaboração com um empresário, tenha fornecido informações privilegiadas, a que tinha acesso pelas suas funções, sobre propostas de aquisição de imóveis feitas em processos de execução, cobrando por cada informação quantias de cerca de 2.000 euros”, informou a Procuradoria da Comarca de Faro na sua página na Internet.
Empresário suspeito de crimes de corrupção
O empresário é também suspeito dos crimes de corrupção, associação criminosa, burla, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.
Os outros dois homens são suspeitos dos crimes de associação criminosa, burla, falsificação de documento e branqueamento de capitais.
O grupo “utilizava um esquema fraudulento de alguma complexidade para aquisição de veículos através de créditos obtidos em bancos e instituições financeiras, com falsificação de documentos”, refere.
A PJ, que deteve os quatro homens, com idades compreendidas entre os 40 e os 45 anos, indicou que durante a operação foram realizadas 16 buscas.
(Agência Lusa)