O PSD de Castro Marim venceu a Câmara Municipal com 56,18% dos votos e garante três mandatos no executivo. O PSD ganhou igualmente a Assembleia Municipal e as quatro freguesias: Azinhal, Odeleite, Aljezur e Castro Marim.
O atual presidente da autarquia, Francisco Amaral, consegue assim numa nova vitória eleitoral e conquista o terceiro e último mandato à frente da autarquia.
O PS elegeu dois mandatos (vereadores) com 31,32% dos votos. Segue-se o Chega com 4,69%, a CDU com 3,62% e o CDS com apenas 0,80%.
Depois de oito anos no cargo – venceu nas eleições autárquicas de 2013, 2017 e nas intercalares de 2019 – o também médico lutava por um último mandato para permitir “prosseguir o trabalho ainda curso” em áreas como o abastecimento de água e saneamento”, a “requalificação urbana” ou o desenvolvimento de projetos turísticos privados “há duas décadas no papel e agora em curso”.
O agora reeleito Francisco Amaral vai cumprir o seu oitavo mandato autárquico como presidente de Câmara, depois de ter liderado o município de Alcoutim entre 1993 a 2013 (ano em que a lei de limitação de três mandatos consecutivos começou a produzir efeitos) e de ter assumido a presidência da autarquia vizinha de Castro Marim nos últimos oito anos, com vitórias em 2013, 2017 (com perda de maioria absoluta).
Em 2019 (nas intercalares que devolveram a maioria ao PSD), Francisco Amaral explicou que houve as eleições intercalares há dois anos, “porque a oposição maioritária obstaculizava permanentemente e, para não penalizar mais o concelho, eu e a minha equipa pedimos a demissão, exigimos eleições intercalares e o resultado foi concludente, tivemos quase o dobro da votação da oposição, o que mostra bem que a população estava a par da situação”.
Francisco Amaral disse que, após as intercalares de 2019, o PSD recuperou a maioria absoluta e pôde “acabar com a obstaculização” que era feita pela oposição do PS e do Movimento Independente Castro Marim Primeiro, que tinha ficado com três dos cinco eleitos em 2017, contra dois dos social-democratas, que se mantiveram como força mais votada.
Agora, já “em velocidade cruzeiro” para “tentar recuperar tempo perdido”, a Câmara de Castro Marim tem “várias obras a decorrer”, como a “requalificação do centro da vila de Castro Marim”, a “criação do centro de atividade náuticas da barragem de Odeleite” ou a construção de novas ciclovias, destacou então.
“Este trabalho requer uma continuidade. Só descanso quando houver ciclovias a ligar as populações aqui à volta de Castro Marim, o passadiço de Altura que fizemos também tem de ser ligado a Monte Gordo [no concelho de Vila Real de Santo António], ainda há povoações que não têm água e temos de levar lá a água, e a rede de saneamento básico de Castro Marim tem 70 anos, há que renovar estas redes e também requalificar o Castelo e o forte para torná-los mais visitáveis”, adiantava o autarca.
“Eu quero voltar à medicina, ter tempo para mim e a minha família, os meus hobbies – a pesca, a caça, e vou reformar-me de vez da política”, garantiu em julho, elogiando as capacidades da sua vice-presidente, Filomena Sintra, como possível sucessora após a sua saída da política.
Nas eleições intercalares de 2019, o PSD recuperou a maioria absoluta que perdera em 2017 e ficou com três dos cinco eleitos, contra dois do PS.
Além de Francisco Amaral, era também candidata à Câmara de Castro Marim a agente imobiliária Paula Sofia Santos, pela CDU, e Rosa Nunes, pelo PS.