Os franceses foram os estrangeiros que mais investiram no imobiliário português entre Janeiro e Março, ultrapassando os britânicos e os chineses, segundo as estimativas da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) recentemente divulgadas.
De acordo com o gabinete de estudos da APEMIP, o investimento estrangeiro representa 20% do total das transacções imobiliárias no primeiro trimestre de 2016, tendo-se registado um decréscimo de 3% face a 2014 “que se justifica não pela quebra de investimento estrangeiro mas sim pelo aumento considerável da representatividade do mercado interno resultante da sua retoma”.
Entre Janeiro e Março de 2016, os franceses ultrapassaram os britânicos e os chineses no número total de imóveis adquiridos em Portugal, apresentando uma representatividade na ordem dos 27%, um aumento de 11 pontos percentuais face a 2014, refere a associação numa nota enviada às redacções.
Segundo o presidente da APEMIP, Luís Lima, citado na nota, este fenómeno “é fruto de um trabalho de promoção do imobiliário português que tem vindo a ser feito desde 2013, ano em que a APEMIP assinou um protocolo de parceria com o Syndicat National des Professionnels de l’Immobilier, prevendo já nesta altura o potencial que o mercado [português] teria na captação de investimentos e poupanças dos franceses e lusodescendentes”.
Lisboa, Porto e a região do Algarve continuam a ser as zonas mais procuradas pelos investidores.
“O investimento dos ingleses continua muito concentrado na região algarvia e o dos chineses na região de Lisboa. Já o investimento francês tem uma distribuição territorial mais heterogénea, ainda que se concentre sobretudo em Lisboa, no Porto e no Algarve”, destaca ainda Luís Lima.
Após os franceses, seguem-se os ingleses, com 18%, os chineses, com 13%, os brasileiros, com 8%, e os belgas, com 5%.
Luís Lima realça também o aumento da representatividade de países como a Bélgica e a Suécia, “contíguos a França, que terão sido influenciados positivamente pelo crescente investimento que os franceses têm vindo a fazer em Portugal”.
(Agência Lusa)