O verniz estalou no seio do Governo Francês de Manuel Valls, com as intervenções públicas de crítica à linha política do executivo na área da economia, feitas pelos próprios ministros.
No epicentro da polémica os ministros da Economia, Arnaud Montebourg, e da Educação, Benoît Hamoin, e claro, o primeiro-ministro Manuel Valls, o que de resto implica, no sistema político gaulês, o arrasto do Presidente François Hollande.
As declarações públicas de crítica à estratégia económica o Governo foram a gota de água e levam ao fim deste executivo depois de decorridos apenas 147 dias sobre a tomada de posse.
O Eliseu determinou hoje, depois de Valls apresentar ao Presidente a sua demissão, a dissolução do Governo e Hollande impôs a Valls a formação de um novo Governo em tempo recorde, sendo avançada por alguns órgãos de comunicação social franceses a saída de vários ministros.
De acordo com a Agência Lusa, “O chefe de Estado pediu-lhe [a Manuel Valls] para constituir uma equipa coerente com as orientações que definiu para o nosso país”, referiu a presidência em comunicado.
Entretanto do lado da oposição ao Socialista Hollande há já quem sem rodeios exija a dissolução da Assembleia Nacional, o que provocaria eleições antecipadas na França.