A quinta edição do Festival Verão Azul abre hoje portas em Lagos e Portimão e promete apresentar novas concepções artísticas até ao próximo domingo por terras do barlavento.
Às 10.30 horas as crianças são rainhas no primeiro momento do certame, com a apresentação de clássicos da animação no Cinema de Lagos.
A mostra da obra da cineasta alemã Lotte Reiniger propõe “Contos de Fadas” com o ecrã a passar as obras “João e Maria”(1955); “João Pé de Feijão” (1955); “Branca de Neve e Rosa Vermelha” (1954) e “O Gato das Botas”, num périplo pelo o imaginário infantil que também é memória dos mais crescidos.
Inaugurada é também a exposição “Esquecer Mata”, de Andrej Djerkovic, onde “perante a ausência de uma reflexão séria e de arrependimento profundo sobre o nosso passado e sobretudo no 10º aniversário do maior massacre após a II Guerra Mundial, a queda de Srebrenica, se pode ver uma reacção à campanha agressiva contra o tabagismo numa altura em que a morte se tornou apenas uma palavra corrente no vocabulário jornalístico”.
Em vez do símbolo habitual «Fumar mata», na embalagem original de cigarros bósnios DRINA está escrito em francês, inglês e em língua bósnia «Esquecer Mata». Os maços foram assinados e numerados em edição limitada de 800 exemplares. Para além dos maços de cigarros, é impressa uma edição limitada de cartazes que são afixados em locais públicos, como acontecerá este ano nas ruas de Lagos e Portimão durante o Verão Azul.
Verão Azul para conhecer durante a tarde e noite
Às 18.30 horas, Pablo Fidalgo Lareo, dá asas à leitura de “Mis Padres: Romeo y Julieta”, obra poética que convida a ouvir textos deste autor na Galeria Lar.
Mais à noite chega a hora do espectáculo do mesmo autor “O estado salvaxe. Espanha 1939.” onde, refere, propõe “uma performance criada depois de muitas conversas com a minha avó. Ela é a única actriz na peça. Através de imagens Super 8 gravadas pelo meu avô entre os anos 50 e 80, reescreveremos a história da minha família, e, ao mesmo tempo, a história de Espanha desde a Guerra Civil até ao presente”.
Ainda de volta à Galeria Lar, pelas 23 horas, inaugura-se a exposição GHOST Editions, que estará aberta até dia 26, domingo entre as 16 e as 20 horas. Para a abertura está prevista a apresentação do projecto pelo editor David-Alexandre Guéniot.
A proposta é a de conhecer uma multitude de cartazes realizados por artistas de várias origens europeias, a quem foi pedido que “escolhessem/criassem um objecto de protesto (tal como existiam canções de protesto nos anos 1960-70), ou seja um souvenir político do nosso tempo”.
Razões de sobra para se fazer a terras de Lagos durante o dia de hoje.
Mais informações em [email protected], pelos contactos 282 770 450 / 92 400 92 34 / 96 874 93 67, ou na página on-line do Festival (VER).