A feira da dieta mediterrânica é diferente de todas as outras feiras, e tenta dar a conhecer o complexo conceito da dieta mediterrânica como património imaterial da humanidade de que Tavira é o porta-estandarte.
Mas nem por isso deixou de ser o mais marcante evento cultural do início de Setembro no Algarve, com as margens do Gilão a terem dificuldade em conter os milhares de pessoas que vieram até Tavira, ver, ouvir e provar, mas acima de tudo viver o modo de vida que o conceito de dieta mediterrânica encerra em si mesmo.
A aposta que o executivo de Jorge Botelho fez ao assumir para o encargo de levar a bom porto a candidatura portuguesa à UNESCO, numa aposta transnacional, já está a dar frutos e da-los-á ainda mais à medida que se consolidarem as iniciativas regionais e nacionais que enquadram a classificação atribuída a Portugal.
Os algarvios e em grande medida os turistas não se fizeram rogados e encheram de par em par Tavira para abraçar a iniciativa camarária de promover aquela que foi a segunda edição do certame, que culminou uma semana em que Tavira se encheu de eventos, seminários, concertos, visitas, mostras e muito mais para dar a conhecer a todos o património da humanidade numa verdadeira mostra viva da pujança da cidade e do concelho.
É desta forma que Tavira assume um protagonismo regional e nacional como nunca antes teve e que faz da cidade muito mais do que a ‘cidade das igrejas’, juntando aos activos do concelho uma das mais cobiçadas classificações mundiais em termos culturais.
Assim se faz, a par e passo, um caminho orientado no sentido de posicionar a cidade e o concelho no turismo e na economia em nichos de excelência que, à primeira vista menos apelativos, são afinal em grande medida aqueles que oferecem maiores margens de desenvolvimento e progressão.
A cidade e o concelho ganham e perante o sucesso só se pode esperar que o evento se apresente na próxima edição com ainda mais fulgor, levando cada vez mais longe o património vivo que é a riqueza de ter uma verdadeira cultura e modo de vida mediterrânicos.