Tim, vocalista dos Xutos & Pontapés, apresentou ontem o seu novo álbum a solo “20 – 20 – 20”, no Parque do Palácio da Galeria em Tavira.
O homem que dá voz ao colectivo de uma das bandas portuguesas mais conhecidas, comemora, este ano, a data redonda dos 60 anos de vida, depois de, no ano passado, os Xutos & Pontapés terem celebrado 40 anos de carreira.
No “Verão em Tavira”, Tim soube cativar um público participativo em ambiente intimista.
Sobre o seu novo disco, Tim salienta que “Três-vintes era uma marca de tabaco sem filtro, dos mais baratos, embalagem de papel pardo, que trazia escrito no maço a definição do produto: 20 cigarros, 20 gramas, 20 centavos. 20-20-20. Simples e directo”.
O vocalista deixa ainda a seguinte mensagem: “Resolvi pegar neste conceito de simplicidade e aplicá-lo à minha música: um tema musical, um assunto de conversa ou um sentimento, um arranjo e pronto.
Para me ajudar musicalmente conto com o Moz Carrapa na guitarra, com o Nuno Espírito Santo no baixo e com os meus dois filhos, Vicente e Sebastião Santos, nas teclas e na bateria, respectivamente”.
Diz ainda que desafiou “esta formação a trabalhar em vários locais, já que os temas, embora simples, eram diversos e podiam ter desenvolvimentos diferentes, uns mais bucólicos, outros mais activos, outros mais íntimos.
Possivelmente os sítios poderiam contribuir para essa diferenciação. Assim, trabalhámos no meu estúdio caseiro (campo), n’a Casinha e no 309Studio em Toronto (cidade) e na Zambujeira do Mar (praia)”.
Nas palavras do autor ao M de Música, “depois do concerto de 2019 que dei na Culturgest com os meus filhos Vicente nas teclas e Sebastião na bateria, mais o Moz Carrapa na guitarra e o Nuno Espírito-Santo no baixo, achei que a banda estava tão boa que podíamos partir para a gravação de um novo álbum de originais. Ainda no final de 2019 juntámo-nos no meu estúdio caseiro e começámos o trabalho, do qual o primeiro tema que abordámos foi este “Lar”. “Lar” é uma colecção de coisas que eu encontro quando chego a casa vindo dos concertos e que me fazem sentir ‘em casa’. Coisas como o piar do mocho, os trabalhos que me esperam, os objectos, os instrumentos, e finalmente as pessoas. Não fazia ideia de que teríamos de ficar em casa, mas aqui fica a contribuição para o bem estar de todos!”
Os espetáculos, integrados no ciclo «Verão em Tavira», têm lotação reduzida, de acordo com as normas da DGS e os planos de contingências criados para o efeito, sendo obrigatório o uso de máscara e o cumprimento das regras de segurança.
À semelhanças de outros espectáculos, as receitas de bilheteira revertem a favor da aquisição de equipamentos de proteção individual para as instituições de solidariedade social do concelho.
As fotografias do concerto são de Miguel Pires e os vídeos de Ana Pinto.
Nasceu e viveu em Lisboa. Aos 10 anos de idade, mudou-se e passou a residir na cidade de Tavira
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Sempre à procura de novos desafios, Miguel agarrou uma paixão antiga – a fotografia. Vivendo-a no início como um hobby, revela que a inspiração livre e natural por detrás da lente será fruto do seu trabalho final.
Daí nasceu o lema: “Feel Free Photography“