O FC Porto deu a volta ao marcador e venceu o Portimonense, por 3-1, em jogo da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, regressando às vitórias na competição.
No estádio do Dragão, o Portimonense adiantou-se no marcador aos 14 minutos, com um golo de Beto, mas os campeões nacionais deram a volta ao resultado, com golos de Mbemba, aos 45+3, Taremi, aos 46, e Sérgio Oliveira, aos 89.
Com este triunfo, o FC Porto regressou às vitórias no campeonato, depois da derrota em Paços de Ferreira, e está em terceiro, com 13 pontos, a seis do líder Sporting, enquanto o Portimonense somou a terceira derrota consecutiva na prova e está no último lugar, com apenas quatro pontos.
COMENTÁRIO: FC Porto vence Portimonense com reviravolta ‘arrancada’ no segundo tempo
O FC Porto regressou às vitórias na I Liga portuguesa de futebol, ao vencer hoje o Portimonense, por 3-1, em partida da sétima jornada, em que os ‘dragões’ tiveram de operar uma reviravolta no marcador, já na segunda parte.
Isto porque os algarvios inauguraram o marcador logo aos 14 minutos, por intermédio de Beto, num tento a que os ‘azuis e brancos’ responderam com os golos de Mbemba (45+3), Taremi (46) e Sérgio Oliveira (89).
Com este triunfo, o FC Porto sobe à condição para o terceiro lugar, 13 pontos, a seis do líder Sporting, e com mais um que Sporting de Braga, quarto, que ainda esta noite joga com o Benfica.
Já o Portimonense, que somou a terceira derrota consecutiva no campeonato, mantém os quatro pontos, mas caí para o último lugar da prova, depois de os ‘vizinhos’ do Farense terem hoje vencido o Boavista.
Os ‘dragões’ entraram para este desafio beliscados pelo desaire da última jornada campeonato, em Paços de Ferreira, e até surgiram empenhados em encaminhar, cedo, o jogo a seu favor, com Otávio, logo aos 10 minutos, e tentar a sorte, com um remate de longe.
O Portimonense, que se apresentou com uma linha de três centrais, apoiados pelos dois laterais, não se intimidou com inicial voluntarismo do adversário e, na primeira vez que conseguiu armar os seu contra-ataque, foi letal.
Anderson recuperou uma bola perdida por Uribe, ganhou terreno com parca oposição, e entregou para que Moufi assistisse um desvio de cabeça de Beto, para o inaugurar do marcador logo aos 14 minutos.
O tento madrugador dos algarvios destabilizou o FC Porto, que foi em busca do prejuízo, mas nem sempre bem articulando nas movimentações ofensivas, tendo Uribe ainda tentado redimir-se em duas situações, mas sem a melhor pontaria.
Em vantagem, o Portimonense retraiu-se um pouco e deu iniciativa ao adversário, mas à passagem da meia hora, na sequência de um canto, ainda ameaçou o segundo golo, num cabeceamento de Wyllian, que saiu um pouco lado.
A ver o jogo da bancada devido a castigo, o técnico portista Sérgio Conceição, que repetiu o ‘onze’ do desafio do meio da semana frente ao Marselha, para a Liga dos Campeões, ordenou a primeira alteração na equipa logo aos 32 minutos, com a entrada de Taremi para o lugar de Uribe.
A mexida trouxe mais tração ofensiva aos locais, criando espaços para que Luiz Díaz e Sérgio Oliveira, em iniciativas individuais, ainda tentassem resgatar o empate, que acabou mesmo por surgir já no último ‘suspiro’ da etapa inicial, quando Mbemba desviou de cabeça um canto para o 1-1, aos 45+3.
Este golo da igualdade terá galvanizado a formação nortenha durante o intervalo, pois no regresso do descanso a aposta em Taremi rendeu ‘dividendos’, com o avançado iraniano a estrear-se a marcar com camisola portista, num excelente golpe de cabeça, a cruzamento de Sérgio Oliveira, que ditou a reviravolta no marcador, logo aos 46.
Pela primeira vez em vantagem no encontro, o FC Porto tentou recompor o seu futebol, e mesmo não sendo tão vertiginoso nas saídas para o ataque, ainda viu Luís Diáz e Taremi ameaçaram o terceiro golo.
Ainda assim, do outro lado, o Portimonense não se dava por rendido, e após desfazer o esquema de três centrais, foi tentando criar desequilíbrios através de rápidos contra-ataques, que apenas pecavam na definição final.
Pressentindo o perigo, o FC Porto recalibrou-se com entrada de Grujic no meio campo, e já 78 teve uma soberana oportunidade para ‘matar’ o jogo, numa combinação entre Taremi e Marega, mas que Sérgio Oliveira em posição privilegiada desperdiçou, após intervenção atenta do guardião dos algarvios Samuel.
O desperdício dos nortenhos quase era castigado já aos 81 minutos, quando o Dener, num cabeceamento após canto, ficou a centímetros de recuperar o empate para o Portimonense, mas já aos 89 Sérgio Oliveira redimiu-se do falhanço anterior e, assistido por Corona, fixou o 3-1 final.
Declarações após o jogo FC Porto – Portimonense
– Vítor Bruno (treinador adjunto do FC Porto): “A primeira parte não foi tão bem conseguida, como queríamos, o Portimonense acaba por nos fazer golo no único remate à nossa baliza, mas fizemos (o empate) a acabar a primeira parte, e foi totalmente justo. O intervalo foi uma arma importante, conseguimos ir buscar os gatilhos certos e, com o talento que temos, acabámos por vencer. Podíamos ter feito mais um ou outro golo, mas penso que seria também um pouco exagerado para aquilo que fez o Portimonense.
Esta paragem, para ser muito sincero, não é vista com muitos bons olhos, ficamos com um número reduzido de jogadores, ficamos privados de 16 ou 17 jogadores, e por isso não é muito benéfica, mas vamos tentar que os que ficam consigam mergulhar nas nossas ideias.
(Esta vitória) Era importante para não nos desposicionarmos (na classificação), não deixando fugir quem vai na frente.
Com a entrada do Taremi, procurámos colocar mais uma referência ao lado do Moussa (Marega) e ser mais agressivos nos espaços mais curtos. Entendemos que esse era o momento de mexer e penso que resultou”.
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Quase que sofremos três golos aos 46 minutos, e foram momentos que nos penalizaram bastante. Estamos agradados, de forma geral, com a postura da equipa, mas não se pode vir ao Dragão perder de bola parada. Ainda conseguimos complicar bastante a vida ao FC Porto, mas, depois, fomos infantis na forma como sofremos o empate e depois o segundo golo.
Arriscámos, tentámos ir à procura do empate, ainda assustámos, mas não decidimos da melhor maneira e estes erros pontuais penalizaram-nos bastante.
(A classificação) Não espelha a qualidade apresentada, mas espelha a quantidade de erros que temos cometido. Somos nós que nos temos colocado nesta situação, por isso vamos ter de ter um trabalho muito sério e fazer um ‘reset’, para sair deste último lugar e lutar com mais seis ou sete equipas (pela permanência).
O Lucas (Fernandes) sentiu uma dor, um estalar, e vamos aguardar algumas horas para ver o que se passa com ele, que é um jogador muito importante para nós.
O Aylton (Boa Morte) jogou com uma ferida horrível no calcanhar de Aquiles, que ficou todo lascado com a queda hoje de manhã de um vidro da porta da casa de banho, aguentou o jogo todo e foi um herói.”
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto
FC Porto – Portimonense, 3-1
Ao intervalo: 1-1
Marcadores:
0-1, Beto, 14 minutos.
1-1, Mbemba, 45+3.
2-1, Taremi, 46.
3-1, Sérgio Oliveira, 89.
Equipas:
– FC Porto: Marchesín, Wilson Manafá (João Mário, 90+2), Mbemba, Sarr, Zaidu, Corona, Sérgio Oliveira, Uribe (Taremi, 32), Otávio (Romário Baró, 90+2), Marega (Nakajima, 90+2) e Luis Díaz (Marko Grujic, 68).
(Suplentes: Diogo Costa, Diogo Leite, Marko Grujic, Fábio Vieira, Romário Baró, João Mário, Taremi, Evanilson e Nakajima).
Treinador: Sérgio Conceição.
– Portimonense: Samuel Portugal, Lucas Possignolo, Willyan, Maurício (Fali Candé, 67), Moufi (Welinton Júnior, 68), Lucas Fernandes (Fernando, 60), Dener, Anzai, Anderson (Júlio César, 77), Beto e Aylton Boa Morte.
(Suplentes: Gonda, Lucas Tagliapietra, Fali Candé, Rómulo, Luquinhas, Fernando, Júlio César, Safawi e Welinton Júnior).
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: António Nobre (AF Leiria).
Ação disciplinar: cartão amarelo a Sérgio Oliveira (56), Corona (62), Maurício (65), Dener (75) e Júlio César (90).
Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19