O Alameda Beer Fest contou este ano com 31 produtores, mais oito que na edição de arranque, e que colocaram à apreciação dos visitantes 150 variedades de cerveja artesanal.
“Estas feiras são importantíssimas para demonstrar o que se faz na área da cervejaria artesanal”, disse ao POSTAL Sebastião Afonso, um dos criadores da algarvia Moura. Acrescentando que “a participação em certames deste tipo tem como mais-valia o facto de as pessoas virem para provar cerveja e para comparar as cervejas umas com as outras, portanto o público é muito mais exigente”.
“Aqui dá para apreciar mais, mas só se as pessoas tiverem conta, peso e medida até porque a grande maioria das cervejas artesanais tem um teor alcoólico superior ao das cervejas industriais e se bebermos demais chegamos a um ponto em que já não conseguimos avaliar a qualidade daquilo que estamos a beber”, garante o jovem cervejeiro.
O presidente da autarquia, Rogério Bacalhau, desejou, no dia da abertura, que a edição de 2016 tivesse “o mesmo êxito que a do ano passado” e o desejo cumpriu-se. Os visitantes foram aos milhares, entre animação musical, artesanato, gastronomia e muita cerveja, que para o edil não tem nada que enganar: fresca, com espuma, em copo ou em garrafa. “A cerveja é a minha bebida predilecta”, assume Rogério Bacalhau.
Quanto ao evento, “é para ser mantido no próximo ano”, garantiu. “Este ano tivemos mais animação, mais música, mais espaços de lazer e apesar de o espaço ser limitado, é aqui que o queremos manter porque este jardim é maravilhoso e há aqui de certeza absoluta cervejas para todos os gostos”, acrescentou. “A nossa intenção é que a iniciativa se afirme”.
“Amor” é o segredo das cervejas algarvias
Durante os três dias de festival cervejeiro brilharam as cervejas artesanais algarvias Marafada e Moura, nas quais o segredo é “amor” e “muita pesquisa”, afirmou Sebastião Afonso.
“Nasceu” também durante este evento mais uma cerveja de naturalidade algarvia. Uma “Moça” loira criada a partir de laranjas do Algarve, numa fábrica de cerveja na Cidade Velha de Faro.
A acompanhar o copo houve música para todos os gostos, bandas em arruada, concertos ao vivo e djs. O Jardim da Alameda teve também espaço para um mercado de artesanato urbano de autor.
(Vídeo e Fotogaleria de Ivo Neves)
(Com Ricardo Claro)