Na zona histórica da cidade de Loulé ultimam-se por estes dias os preparativos para a abertura da 12.ª edição do Festival MED, marcada para quinta-feira, cujo programa inclui homenagens ao fado e à dieta mediterrânica.
“Vamos ter cerca de 50 horas de música, seis palcos cada um com a sua característica, mas ao nível das surpresas (…) vamos transformar o claustro do convento numa tasca de fado e criámos um palco novo que intitulámos de MED Fado”, explicou à Lusa o coordenador do festival, Carlos Carmo.
O director artístico do evento, Paulo Silva, destacou as actuações dos franceses “Babylon Circus”, dos peruanos “Cumbia All Stars”, dos sul-coreanos “Jambinai”, da nigeriana “Nneka” e do DJ Marfox, que vão passar pelos palcos do MED entre quinta e sábado.
Raquel Tavares, Carminho, os “Brass Wires Orchestra” e os “Tape Junk”, banda que conta com a participação do músico Frankie Chavez, são algumas das apostas musicais fortes de origem portuguesa.
Tendo em conta que os bilhetes vendidos antecipadamente esgotaram rapidamente, a organização está confiante de que o recinto, que abrange boa parte da zona histórica de Loulé, irá receber diariamente entre sete a oito mil pessoas.
“Se acontecer, será com certeza das melhores adesões de público dos últimos anos”, observou Carlos Carmo, acrescentando que o bilhete diário custa 12 euros, o bilhete para os três dias custa 30 e o bilhete familiar (para dois adultos e dois menores até aos 16 anos) custa 25 euros.
No domingo o recinto abre com entrada livre
Os seis palcos vão funcionar apenas nos primeiros três dias do festival e, domingo (28 Junho), o recinto abre com entrada livre, ainda que sem concertos, mas com todas as propostas gastronómicas, exposições e artesanato dos restantes dias.
Entre os recantos da zona histórica de Loulé, o visitante vai encontrar diferentes propostas gastronómicas e a organização desafiou as áreas de restauração a criarem menus inspirados na dieta mediterrânica e ser surpreendido por espectáculos num dos cinco palcos improváveis.
“O festival MED é uma experiência entre a música, a gastronomia, o artesanato, a vivência do centro histórico da cidade, as exposições na rua e nas galerias. Toda esta panóplia de ofertas é que transforma o festival MED num festival que, para nós, é único no país”, explicou Carlos Carmo.
O evento anima o centro histórico daquela cidade algarvia que, durante o resto do ano, é bem mais calmo, mas é encarado pela autarquia como uma “montra” de promoção e reabilitação do mesmo espaço.
“O festival traz para a cidade uma dinâmica muito interessante que faz com que pessoas dos oito aos 88 voltem a olhar para os espaços que aqui têm, para a actividade comercial que aqui se desenvolve, para aqui que tem para oferecer e para mostrar aos largos milhares de pessoas que nos visitam nesta altura”, disse o vice-presidente da Câmara de Loulé, Hugo Nunes.
Desde a primeira edição do Festival MED, em 2004, o evento recebeu nos seus palcos 408 bandas de 38 países e apresentou mais de 500 horas de música.
(Agência Lusa)