Os investigadores Rita Domingues e Óscar Ferreira, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), em colaboração com Saúl Neves de Jesus, do Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade e Bem-estar, da Universidade do Algarve, acabam de publicar um artigo sobre a relação entre o apego ao lugar e a perceção relativamente aos riscos costeiros nos residentes da Praia de Faro.
Segundo a UAlg, “o objetivo deste estudo é perceber o efeito da ligação emocional à praia e a experiência com ameaças costeiras na perceção de risco dos residentes, e o impacto da perceção de risco na adoção de comportamentos preventivos face a potenciais ameaças costeiras”.
O estudo baseou-se na administração de um questionário de autorrelato a cerca de 130 residentes da Praia de Faro.
De acordo com a investigadora Rita Domingues, “observa-se que os residentes de muitos locais expostos a ameaças naturais, como a Praia de Faro, sentem-se seguros e não querem mudar-se para zonas mais seguras”.
Segundo a investigadora, “esta atitude face ao risco não está relacionada com falta de informação ou conhecimento (aliás, os residentes da praia de Faro, sobretudo os pescadores, têm um vasto conhecimento acerca dos processos costeiros), mas sim com uma forte ligação emocional ao lugar, que faz com que a sua perceção de risco diminua”. De acordo com este estudo, “é uma forma de lidar psicologicamente com a ameaça, num processo conhecido como normalização do risco”.
O artigo foi publicado na revista International Journal of Disaster Risk Reduction e pode ser consultado aqui.
Sobre a Universidade do Algarve:
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 8 mil estudantes, 23% dos quais internacionais, oriundos de mais de 85 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade, ultrapassando os 900 estudantes.
Com 41 anos de existência, aparece pela segunda vez consecutiva no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2019, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
Em 2019 voltou a integrar a lista das melhores do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects, destacando-se como a melhor universidade portuguesa na área de Hospitality & Tourism Management. O Shanghai Ranking’s selecionou as 300 melhores instituições de todo o mundo, colocando a UAlg no Top 100, com a melhor classificação nacional nesta área, entre as posições 51-75, liderando o lote das quatro universidades portuguesas avaliadas. Pela primeira vez, na posição 101-125, também apareceu no ranking do Times Higher Education (THE) Europe Teaching Rankings 2019, que analisa o desempenho do ensino em instituições de ensino superior europeias.
Em 2020 integra pela primeira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, colocando-se na posição 201-300, entre 766 IES, de 85 países, que cumpriram os requisites de inclusão.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.
A sua localização privilegiada junto ao Aeroporto Internacional de Faro e o grande número de novas rotas aéreas de ligação às principais cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e europeias, bem como as excelentes condições que a UAlg e a região têm para oferecer, fazem com que, cada vez mais, a academia do sul do país adquira um estatuto central e internacional.