A tentativa de poupar dinheiro é uma prática cada vez mais valorizada, especialmente em tempos incertos. Mas mesmo com a intenção de colocar algum dinheiro de lado todos os meses, muitos acabam por cometer erros que dificultam o sucesso da poupança. Aqui estão sete erros comuns e formas de evitá-los para melhorar a sua saúde financeira.
1. Não criar um orçamento familiar
Muitos não estabelecem um orçamento mensal, uma prática que facilita a compreensão de onde e como o dinheiro é gasto. Sem esta organização, é fácil acabar por gastar mais do que deveria. Com um orçamento familiar, pode listar todos os rendimentos e despesas, dividindo os gastos em categorias essenciais e não essenciais. Desta forma, consegue identificar onde pode ajustar e definir um valor fixo para direcionar para a poupança.
2. Ignorar pequenos gastos diários
Pequenos gastos do dia a dia, como cafés ou refeições rápidas, podem parecer insignificantes, mas representam uma parte considerável do orçamento mensal. Por exemplo, se gasta 1,60 euros por dia em dois cafés, esse hábito resulta em 48 euros ao final do mês. Se tomar o pequeno-almoço fora em 15 dias do mês por 5 euros, são mais 75 euros. Este simples cálculo mostra que, ao reduzir estes pequenos encargos, é possível poupar uma quantia significativa.
3. Ceder a compras por impulso
As compras por impulso são outro erro frequente. Elas não só prejudicam a capacidade de poupança como podem gerar desequilíbrios financeiros. Para combater este hábito, pense no tempo que precisa trabalhar para cobrir o valor da compra. Se, por exemplo, pretende comprar algo por 500 euros, e recebe um salário de 1.200 euros líquidos, terá de trabalhar cerca de sete dias para pagar por esse item. Este exercício de reflexão ajuda a reduzir as compras impulsivas.
4. Não rever condições de endividamento
Créditos acumulados representam um peso significativo no orçamento. Por isso, vale a pena avaliar as condições dos seus empréstimos e tentar renegociá-los. Se tiver vários créditos, considere consolidá-los numa única prestação, o que pode reduzir o valor mensal em até 60%. Esta solução pode gerar uma poupança considerável e aliviar as finanças mensais.
5. Definir objetivos de poupança vagos
Poupar sem uma meta concreta ou com objetivos pouco realistas pode ser desmotivante. A falta de propósito específico leva muitas pessoas a desistirem ao longo do tempo. Estabeleça metas concretas, como a criação de um fundo de emergência ou poupança para férias. Ao definir um valor mensal, garante que as suas poupanças não interferem com o restante orçamento familiar e ajudam a manter-se motivado.
6. Adiar a poupança para o final do mês
Muitas pessoas cometem o erro de esperar até ao final do mês para transferir o valor da poupança, correndo o risco de acabar por não o fazer. O ideal é definir a poupança como uma prioridade e transferir o valor assim que recebe o salário. Dessa forma, garante que não gasta essa quantia e, se preferir, pode configurar uma transferência automática para facilitar o processo.
7. Aumentar o estilo de vida ao aumentar os rendimentos
Se o seu rendimento aumentou, é tentador adaptar o seu estilo de vida à nova realidade financeira. Porém, ao fazê-lo, perde a oportunidade de reforçar as suas poupanças. O ideal é fazer um uso ponderado desse dinheiro adicional, permitindo-se algumas melhorias, mas sem comprometer a sua estabilidade financeira.
Poupar exige planeamento e disciplina, mas ao evitar estes erros partilhados pelo Doutor Finanças, pode garantir um futuro mais seguro e confortável financeiramente.
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