Faro é a capital do Algarve e uma das cidades mais conhecidas da região, mas há outras que tiveram também um importante papel na história do país. Tavira é um dos exemplos, já que a cidade ganhou relevo aquando do domínio do norte de África. Trata-se de uma terra de lendas, da moura encantada no castelo e dos sete cavaleiros templários, mas há algo que distingue esta cidade das restantes. É que Tavira é atravessada por um rio com dois nomes.
Não é comum ver-se um rio que tenha dois nomes, mas no caso daquele que atravessa Tavira, há uma lenda que explica o porquê de um dos troços se chamar Séqua e o outro Gilão. Conta-se, então, que no período de ocupação muçulmana e reconquista cristã, existia uma princesa moura chamada Séqua e um cavaleiro cristão chamado Gilão. Ambos estavam apaixonados, mas este amor era proibido, dadas as diferenças religiosas.
Avança o site My Choice que as duas personagens desta lenda se encontravam todas as madrugadas em cima da ponte que une as duas margens do rio de Tavira. O secretismo destes encontros terminou no dia em que Séqua e Gilão foram surpreendidos pelas duas fações militares, numa das margens do rio estava a fação cristã e, na outra, a fação moura.
Depois de Séqua e Gilão perceberem que o seu amor proibido tinha sido descoberto decidiram que a melhor solução passava pela morte. Assim sendo, a princesa atirou-se para um dos lados da ponte, ao passo que o cavaleiro optou pelo outro lado. É por isso que o lado nascente do rio adotou o nome Séqua e a foz ficou batizada como Gilão. Diz a lenda que os protagonistas desta história ainda hoje se encontram nas águas do rio.
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