Ao longo do verão, a imprensa deu conta de que o Algarve se tornou um destino cada vez mais caro para passar férias e para viver. Os preços dos hotéis subiram, os passeios turísticos também estão mais caros e foram muitos os que optaram pelo sul de Espanha para uns dias de descanso, por se tratar de uma alternativa mais económica. No entanto, os milionários continuam a apontar o Algarve como o destino mais acessível da Europa.
Embora o Algarve tenha sido uma das regiões da Europa onde o valor das casas mais aumentou depois da pandemia, segundo o European Lifestyle Report, da Knight Frank, esta região do sul de Portugal continua a ser a mais acessível para os milionários. Depois do Algarve, Bordéus e Toscana são os destinos que completam o pódio dos mais acessíveis para os milionários. Na ponta oposta da tabela surge a cidade de Londres.
Apesar de Portugal ser um dos países que mais benefícios fiscais oferece aos novos residentes, quer seja sobre os rendimentos passivos e mais-valias, ou sobre pensões e/ou rendimentos do trabalho, a par de países como a França, Áustria ou Espanha, o estudo internacional citado pelo A Voz do Algarve refere que os milionários privilegiam fatores, como a segurança e a privacidade.
A mesma fonte cita Kate Everett-Allen, Head of Europe Residential Research da Knight Frank, que alerta para o facto de as “as alterações nas condições de mercado, incentivos fiscais, opções de vistos e melhorias no estilo de vida também poderem influenciar as decisões de mudança de país dos mais ricos”. A estes fatores juntam-se outros, nomeadamente os modelos de trabalho híbridos, assim como as reformas antecipadas.
Todos estes aspetos contribuíram para que os mais ricos começassem a mudar de país. Depois, os incentivos fiscais, a par da segurança e da privacidade, fizeram com que o Algarve passasse a ser o destino mais acessível da Europa para os milionários viverem.
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