Portugal continua a surpreender os seus visitantes, quer portugueses, quer estrangeiros, oferecendo paisagens de uma beleza única que se estendem de norte a sul do país. Não são apenas as paisagens continentais que encantam os turistas, mas também os recantos escondidos nas nossas ilhas, como é o caso da deslumbrante Lagoa das Sete Cidades, em São Miguel, nos Açores, recentemente destacada pelos americanos, num artigo do New York Times como um dos lugares mais bonitos do país e do mundo, avança a Versa.
No artigo, a jornalista Joanna Booth elege a Lagoa das Sete Cidades como o cenário mais impressionante de Portugal. Segundo a autora, este local, envolto em misticismo e beleza natural, deve ser visitado num dia claro, quando as cores vibrantes do verde e do azul se tornam ainda mais intensas. Booth sublinha a lenda que envolve as lagoas gémeas, explicando que “a ciência diz que a variação de cor é uma questão de reflexo, mas a lenda diz que estes lagos gémeos – um verde e um azul – são as lágrimas de uma princesa e de um pastor, que choraram em tons de esmeralda e azul depois de o seu amor ter sido proibido”.
Cientificamente, a diferença de coloração entre as duas lagoas, situadas em crateras vulcânicas interligadas, deve-se a uma combinação de fatores, incluindo a profundidade das águas, a vegetação subaquática e o reflexo tanto do céu como das encostas circundantes. Para quem deseja contemplar esta paisagem de cortar a respiração, o Miradouro da Vista do Rei é o ponto ideal, proporcionando uma vista panorâmica sobre as duas lagoas e toda a caldeira vulcânica, um dos cenários mais icónicos dos Açores.
A lagoa referenciada pelos americanos, tal como a freguesia que habita a sua margem, devem o seu nome à ilha das Sete Cidades, também conhecida por Antília. Um pedaço de terra fantasmagórico, por muitos marujos avistado no Atlântico Norte, que inspirou a exploração marítima de vários reinos durante séculos sem nunca ser encontrada.
Bem perto do Miradouro Vista do Rei está o famoso hotel abandonado Monte Palace. Inaugurado em 1989, foi o primeiro hotel de cinco estrelas da região e até chegou a vencer o prémio de melhor hotel do ano em Portugal, no ano seguinte à sua inauguração. Os funcionários receberam a notícia que o hotel ia fechar enquanto o director recebia o prémio em Lisboa. O edifício, que contava com 88 quartos, três salas de conferência, um cabeleireiro, um banco, um café, um bar e uma discoteca, esteve apenas um ano e meio aberto.
Este reconhecimento internacional, desta vez por parte dos americanos, reforça a posição de Portugal como um destino turístico de eleição, onde a beleza natural, a cultura e a história se entrelaçam para oferecer experiências inesquecíveis a quem nos visita.
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